sábado, 14 de novembro de 2009

O Churrasco

Muito perto da casa onde estou ao fim de semana, da minha casa portanto, ali ao dobrar da esquina, existe uma marisqueira.
Estamos há seis anos nesta casa e apenas no verão lá fomos comer.
Santos da casa não fazem milagres e por isso para comer fora, fora mesmo. Ali pareceria uma extensão da sala, quem sabe uma varanda.
Fomos porque gostamos de caracóis e de caracoletas. E eles penduram-nas mesmo à frente dos nossos olhos, em sacos de rede.E há seis anos que, estes, salvo seja, os caracóis se riem para nós quando passamos, como que a dizerem-nos que esperam pela nossa visita.
E gostàmos do que comemos. E servem a cerveja em copos gelados e as entradas com todo o requinte, e um patê de lagosta óptimo, e muita simpatia, e uma conta a fazer pandã com tudo e tudo. Mas demos lembranças, prometemos voltar e voltaremos concerteza. Quando não nos apetecer sair de casa, quando não quisermos dar um passo maior que a perna e chover e fôr só para comer e não para desanuviar.
Hoje, quando lá passei, a caminho de Lisboa, nem queria acreditar.
No passeio empedrado, estava, um assador enorme. E no assador, um porco. Um porco num despudor que afectou a minha visão e o meu olfacto.
Jesus, Maria, como é que a poucos quilómetros de Lisboa, numa rua como esta, junto a uma farmácia, uma loja de roupa, num passeio que serve para os pedestres utilizarem, estava um porco a assar ?!...
Deduzi que fosse haver festa. Festa da grossa. Têm uma sala enorme para essas festanças, de casamentos, de baptizados e outras, mas um porco, no meio da rua...é um pouco demais.O aquário dos crustáceos já bastava. Todo o santo dia ali a tropeçar nos distraídos que passam e até no meu carrinho das compras quando vou ao outro lado da ponte, às compras de fim de semana...Não me conformo. De repente parecia-me que estava numa qualquer santa terrinha atrasada e provinciana.
Dou comigo a pensar que não têm um terraço onde possam assar e confraternizar, mas ainda assim, insistem. Dou comigo a pensar que quem não tem ovos não pode fazer omeletas.
E ainda falam dos africanos, que nas cidades,criam galinhas e porcos nas banheiras das casas de banho...

3 comentários:

a trapezista disse...

Ahahaha! Tinha sido bom para mim.

maria disse...

E para mim? Que mau! Esta gente só pensa ganhar dinheiro e nem pensa que a liberdade deles termina onde começa a dos outros.Onde é que anda a ASAE?

Unknown disse...

pOR ESSA EU NAO ESPERAVA, AI NA TUGA TAMBEM ACONTECE DISSO????
E NAO SAO MWANGOLES!!!!!

MAS OLHA K FIKEI COM AGUA NA BOCA, O PORKINHO DEVIA TAR BUEEE CUIOSO.....

AKI NA BANDA EH NORMAL.....XURRAS NA RUA.....AHAHAHAHA