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eleva-te

Quando criticas o gesto alheio, ou não és capaz de um gesto igual ou dele não serás beneficiado. 

A vida assim o diz. 

Então porque não te calas e optas pela reflexão? Hás-de encontrar num cantinho teu onde plantaram a lucidez, a compreensão e tolerância que te permitam seres justo. E inteligente. Para avaliares o mundo e seus gestos. Com humildade. E admiração.

Não é por acaso que se diz que o gesto é tudo. 

Quando perceberes isto praticarás o desapego da mediocridade e da má língua que ao invés de angariarem fãs, servem só para mostrar o pior de ti.

No gesto do outro há sempre um exemplo, que, macacos de imitação que todos somos, deve fazer-te pensar nessa motivação e servir de incentivo e aprendizado. Copiando-o.

Não queiras partir sem gestos que te destacarão dos vulgares e mesquinhos seres que apenas criticam os gestos alheios. E nada mais fazem.

Eleva-te.

m.c.s.

reféns

Somos reféns de ideias, palavras e actos. Situações criadas e aceites. Mesmo que disso não nos apercebamos. 

Somos reféns do dinheiro, da doença, da paixão, dos ódios, da vaidade, da competição e da solidão. 

Da família. De casamentos e relações. Do preconceito. Do passado. Da pátria e da religião. Dos costumes. Das promessas. De juras e opiniões. 

Da moda. Do clube. Do trabalho. De férias e de projectos. 

Somos reféns de nós próprios e até da manipulação. 

Livres? Não somos. Quer se queira quer não a liberdade é uma utopia. Uma mentira. 

Na verdade, não existe senão na manipulada ambição, presa à nossa trabalhada e predisposta imaginação.

m.c.s.

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