terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ele há dias...

Há dias que não se pode sair de casa.
Bem me parecia que hoje era um desses.Devia ter ficado a curtir a minha gripe, que ainda não está identificada no abecedário, mas que me prostou todo o dia de ontem e continua, a malvada.
Se estivesse instalada no aconchego do lar, a chá de gengibre e mel, xarope de cenoura, lenços de papel e bennurons, se calhar teria ganho mais com o assunto.
O assunto foi uma arrelia que era escusada, mas não sei o que se passa, que andamos um pouco esquecidas e as consequências não se fazem esperar. Será da idade?
Assim que me sentei no autocarro, daquele motorista que às vezes parece quer estrangular-me, quando chego atrasada, e ele fechou a porta e já iniciou a marcha e é obrigado (?) a parar para a sua excelência entrar, pois, como ia dizendo, tentei encontrar o telemóvel. Concluí que não o tinha comigo, depois de tirar a carteira dos documentos,dos cartões, dos passes, euromilhões ainda não conferidos e algum dinheirito, bem como os óculos de sol, que por acaso são graduados. Claro que deviam ter voltado para o local de origem, só que ficaram no banco, muito aconchegaditos. Quando saí, percebi que levava o saco mais leve, que a minha carteira dos documentos, pesa que se farta, apesar dos pesares ( falta de dinheiro, não me estou a queixar, até acho divertido andarmos sempre a encolher e a esticar para termos o suficiente, uma verdadeira animação ). Da febre passei ao gelo.E agora? Nem telemóvel, nem documentos. E os cartões? O grande problema era, os cartões.Mas não entrei em histeria. Agora já não. A outra, aquela de há alguns anos atrás, desatava numa choradeira cobarde e inútil e não resolvia coisa nenhuma.
Hoje, fiz o que soube e pude. E passados 20 minutos, já tinham localizado o motorista e este achara a minha tralha.Um pouco de mim, hoje, quis aventura e foi passear-se até Leiria. E há-de regressar e às 18 horas já estarei na posse da maior parte da minha vida. Os meus documentos e afins.
Amanhã terei que agradecer muito ao Sr. Motorista e fá-lo-ei, do coração.
Afinal, também há dias de sorte...

2 comentários:

Manuela disse...

Então "Coração", a gripe nada tem a ver com estas coisa. Cá para mim já padece do mesmo mal que eu "coisitas da idade" ou não será?
A vida é feita de aventuras e desventuras e o que marca a diferença é realmente a forma como encaramos a situação (sempre com optimismo) e a ligeireza com que a resolvemos.
A “outra” é passado, já não existe o que conta agora é “esta” e em relação a isso, QUE GRANDE SURPRESA..., só quem vê é capaz de acreditar.

Beijos e até sempre
Manuela

Unknown disse...

a 'outra' ja ta ai ha mto tempo, TU eh k nao deixavas k ela se manifestasse, pk tinhas medo e axavas k era incapaz de se virar....

felizmente ainda ha gente honesta neste mundo cao......