O futuro é o único tempo que é justo. Porque é igual para todos.
m.c.s.
sábado, 25 de fevereiro de 2017
por falar em género - Somos Grandes!
As mulheres são muito corajosas, batalhadoras, persistentes, resilientes. Umas vencedoras.
E resolvem-se muito bem. Ultrapassando obstáculos porque teve de ser. Porque aprenderam a gostar delas. Porque descobriram que podem ser invencíveis. Incomparáveis. Insubstituíveis.
Ainda há pouco eram inferiores. Servas. Do mundo. Masculino. Hoje passaram-lhes a perna ( aos homens ) e são tão mais independentes, tão mais livres, tão mais sorridentes, bem humoradas, resolvidas, felizes, que eles.
A saber - Independentemente da idade -
Fazem viagens sozinhas e acompanhadas de outras mulheres.
Reúnem-se com as amigas para conversarem ou fazerem compras.
Almoçam, lancham, vão a bares, pubs, discotecas, juntas, para se DIVERTIREM, ( apenas e só ).
Vão ao cinema, ao teatro, a concertos, a museus, sozinhas ou em grupo, completamente indiferentes ao que o povo pensa e julga.
Escolhem ficar em casa e não deprimem. Falam horas ao telefone, vão para a internet sem complexos, vêem programas de televisão, mesmo os pirosos e assumem que os vêem e gostam.
Saem com homens sem intenções que não sejam as de saírem, estarem, socializarem. Pelo prazer da companhia.
São empresárias de sucesso. Quando ocupam cargos de chefia fazem-no como ninguém. Têm por mérito e conquista, profissões ditas de homens; e não lhes ficam a dever, em nada.
E ainda fazem milhões de coisas obrigatórias e que ninguém faz por elas.
Limpam, lavam, esfregam, cozinham, engomam. Têm as suas profissões para além das lides domésticas. Parem filhos. Tratam deles. Levam-nos à escola. Às actividades extra-escolares. Educam-nos. Mimam-nos.
Têm maridos. Que, ou não fazem nada ou apenas " ajudam ". Têm netos que cuidam.
São activas sexualmente sem pudores nem preconceitos.
As mulheres não precisam de provar mais nada aos homens. Têm o mundo nas mãos se o desejarem. Porque o merecem.
Por vezes, astutas que são, preferem que o mundo esteja aos seus pés. E fazem-se de parvas.
Cada vez mais admiro o género feminino em que me incluo.
Somos Grandes!
escolha
Eu já não acordo. Desperto.
Porque no dia,
bem cedo, me faço nascer,
renascendo-me para a fantasia,
do tempo que vou viver.
m.c.s.
Porque no dia,
bem cedo, me faço nascer,
renascendo-me para a fantasia,
do tempo que vou viver.
m.c.s.
o rapaz do acordeão
O rapaz do acordeão toca - O primeiro amor - do Carlos Paião.
O cãozito que o acompanha equilibra-se como pode em cima do dito acordeão.
Só os turistas estendem a mão e despejam uma moeda num copo.
Os naturais andam a ver se equilibram o mês com os parcos tostões que vão tendo.
O metro, indiferente, pára no Martim Moniz.
O rapaz sai. Com certeza para ir tocar para outra freguesia. Mais rica ou generosa...
m.c.s.
O cãozito que o acompanha equilibra-se como pode em cima do dito acordeão.
Só os turistas estendem a mão e despejam uma moeda num copo.
Os naturais andam a ver se equilibram o mês com os parcos tostões que vão tendo.
O metro, indiferente, pára no Martim Moniz.
O rapaz sai. Com certeza para ir tocar para outra freguesia. Mais rica ou generosa...
m.c.s.
no balanço dos carris, tanto mar...
No balanço dos carris, à janela do horizonte, contemplo as gaivotas em terra, nuvens cinzentas, a chuva grossa, o mar revolto: o tempo invernando-se. Enquanto a viagem me leva para casa.
Dou por mim a questionar quantas casas tenho eu. Que pedaço me pertence. A que chão me entrego. Nua e pura. Genuína. Rendida e renovada.
No balanço dos carris, inevitavelmente e por comparação, apelo, nostalgia, ou por ser essa a minha sina, há um momento que me distraio e caminho até à linha que limita as águas em turbilhão. Ultrapasso-a num passo de gigante, igual ao sonho sem fronteiras, que mora dentro de mim.
Sinto-me, calema. Galgando horizontes.
E quero-me chegada à terra de cacimbos e sois, perfume da flor de frangipani e d' acácias. Sabor de manga, caju, gajaja e pitanga.
Chegada à terra onde o céu se deixa tocar pela ponta dos meus dedos.
Quero-me chegada ao sotaque. Aos contrastes. À raiz...
No balanço dos carris dou colo à minha saudade.
Mas regresso ao inverno frio e chuvoso e garanto o meu lugar aqui.
Havia porém tanto sol e tanto mar para desbravar, uma geografia tão diferente para sentir e percorrer, ( que há muito me tatuou ), fosse eu um albatroz de águas do sul!
m.c.s.
do amor...
...é que o Amor não escolhe. Nem tem escolha.
Encontra-se. Sem marcar encontro.
...é que entre o pressentir e o existir, acontece...
m.c.s
Encontra-se. Sem marcar encontro.
...é que entre o pressentir e o existir, acontece...
m.c.s
se eu for ver o mar...
Se eu for ver o mar
levar-lhe-ei uma rosa
Oferenda a Iemanjá...
E à deusa das águas, Rainha e Mãe,
deixarei a minha prosa,
um agradecimento
e um pedido também
Se eu for ver o mar,
maré em crescimento
farei uma prece
que possa ser lei
Voltar a viver
também eu rainha, sem coroa nem rei
E livre,
meu reino escolher
Ah! Se eu for ver o mar...
Que feliz serei
quando o avistar,
quando, de lá - e a mim, regressar...
m.c.s.
levar-lhe-ei uma rosa
Oferenda a Iemanjá...
E à deusa das águas, Rainha e Mãe,
deixarei a minha prosa,
um agradecimento
e um pedido também
Se eu for ver o mar,
maré em crescimento
farei uma prece
que possa ser lei
Voltar a viver
também eu rainha, sem coroa nem rei
E livre,
meu reino escolher
Ah! Se eu for ver o mar...
Que feliz serei
quando o avistar,
quando, de lá - e a mim, regressar...
m.c.s.
ditado
" Tem homem que ao longe é um Anjo e ao pé é um desarrAnjo "
Ouvido no metro. A uma mulher brasileira enquanto aconselhava uma amiga portuguesa. O tema era amor e homens. Conquistas. ;)
m.c.s
enganada ou quê? Quê...
Depois de dar uma volta ao quarteirão, que na verdade são uns 3 kms, abrandei a marcha e fui ao Pingo Doce da Póvoa, que serve também o Olival - pois que aqui é tudo paredes meias umas terras com as outras. Porque a tarde de ontem foi pacífica e caseira estava sem pressa e pude passear-me
pelos corredores da média superfície vendo a tal qualidade/preço a que nunca liguei mas que nos tempos que correm é necessário nela atentar; e munidos de máquina calculadora, mesmo se for de cabeça.
Andava eu no corredor dos iogurtes quando me saem ao caminho duas miúdas.
E quando digo miúdas não me refiro a crianças, mas adolescentes espigadotas. Entre os 12 e os 14 anos. Magritas. Altas. Bonitas. Bem vestidas. Negras.
- A senhora pode dar-nos um euro? Devo ter franzido a testa, incrédula pela abordagem. Então a mesma adiantou - Viemos comprar um pacote de bolachas mas só temos 50 cêntimos. E custa 65. pensámos que a senhora podia ajudar-nos. Ri-me com a situação. Ou estavam a gozar com a minha
cara, ou me acharam otária, ou quê....
- Mas se têm 50 e as bolachas custam 65 para que é que precisam de um euro? Então a outra adiantou -- O que queremos é o resto que falta. A rir ainda, abri a carteira tirei um euro que lhes dei - Vou dar-vos um euro mas vocês não devem sair por ai a pedir dinheiro à toa. Podem dar-se mal.
Se for um adulto mal intencionado pode fazer-vos mal. Ficaram com carita de envergonhadas. Ou quê...
Perguntei de onde eram. Responderam - De Angola - Eu também sou. Disse-lhes. O rosto delas iluminou-se. D' aonde? De Luanda, respondi. A que me abordou, a sorrir até às orelhas, disse ser de Luanda e a outra de Benguela. Vi-as ir embora sorridentes. Com o euro. Não sei o que foi aquilo. Se quiseram enganar-me ou se foi ingenuidade e gulodice. Mas sei que gostei de lhes dar esse euro. Por conta de duas kanucas bonitas da minha terra, que queriam comer bolachas. Ou não...
m.c.s.
enfim!
O pensamento mais preconceituoso, imbecil, ignorante, leviano, castrado, limitado, desrespeitoso, que ouvi ontem pela boca duma mulher que se dizia com 53 anos.
- Ó FILHA, ELE TEM 48 ANOS MAS TEM MENTALIDADE DE 60. PARECE UM VELHO!
A filha, obviamente não era eu que tenho 61 anos. E eu só ouvi a conversa por estar no mesmo local. Mas concluí que para a abjecta criatura, pessoas como eu, ou seja, de 60, ou mais 1, para além de serem velhas têm mentalidades obtusas.
Coitaaaaaaaaaaaaaaada!!!! Como diria a minha amiga Raquel.
E como me segurei? Foi preciso ter músculo. Que é o que se desenvolve com a idade. E compaixão por essa mulher que se acorrentou no preconceito, imbecilidade, ignorância, leviandade, castração, limitação, desrespeito em que vive a sua mentira que torna verdade.
Fosse como ela e diria que parecia alguém que parou no ventre da mãe. E não cresceu. E não aprendeu nada. Nem a respirar por si só.
Enfim! Com se diz com alguma crueldade e eu repito - Um aborto da natureza.
m.c.s.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
sobre o amor
...a pensar que levantando um pouco o véu do mundo, mesmo que com as pontas dos dedos, pela nesga que me é dado ver, cruzando que vou com uns e outros, seres inquietos e angustiados, mal disfarçados, constato a maior e mais triste pobreza. A real pobreza dos sentimentos. A negação. No limite, a destruição. Do amor.
Este sentir maior e nobre, repleto de doação, feita generosidade, perdão, recomeço. Que cria laços.
O Amor deixou de ser semeado, estimulado, conservado. Doutrinado. Vivido na sua doçura, lealdade, paixão e bem querer.
Para dar o 1.º lugar apenas ao sexo. Satisfação breve, fisiológica, egoísta e recorrente do sentir. Estímulo para quem foge do coração, dando primazia à tesão. Estímulo para quem não se compromete consigo nem com os outros, vê a vida escapar-se e quer conservar o " direito " e a posse da existência. Sua e de terceiros.
A pensar que por isso sei de tantos seres infelizes. Sem amor nem paixão.
Sem a tal angustiosa e efémera tesão.
Tenho para mim que só prescinde do amor quem não sabe amar. Não se ama.
Nem se sente amado. Quem não se sente seguro e não sabe lidar com a perda.
Eis a minha reflexão sobre os vazios de vidas meio perdidas, não encontradas. Sempre dissimuladas. Para sempre acorrentadas
É que o amor é o sentimento mais livre e generoso da nossa existência.
Mas requer responsabilidade.
ser ou não ser? falsa questão
Ser feliz é a atitude mais positiva, sensata, inteligente e consequentemente mais louca, bonita e libertadora que o ser humano consegue impor à vida. Fazendo uma esquindiva à má sorte. Desafiando-a e sorrindo-lhe
O contrário dá tanto trabalho, causa tanta mossa, veste-se de tons tão tenebrosos e fala tanto ódio e frustração, envelhece tão duramente, que não devemos ter preguiça de expulsar; ou impedir que se instale esse estado tão limitado e nefasto.
Ser feliz não depende do que a vida te dá mas do sim que te dás e dás à vida.
Ser feliz não é lirismo. Nem uma questão. É um propósito. Uma saída. Obrigação.
Aprendi isso com pessoas a quem a vida já lhes tirou tanto e mesmo assim têm tanto para dar. E dão...
mulher/solidão
A solidão é mulher. Noctívaga.
Enganadora. Manipuladora e ciumenta.
E como todas as mulheres, esperneia, chora e consegue.
Porque como diz o povo - tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia deixa lá a asa.
Não quero ser essa mulher. Aguadeira de asa decepada.
Entre vazios abandonada.
Não quero falar para as paredes nem ser alma amordaçada.
Não quero ser solidão!
m.c.s.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
princípio de...
Se queres ser feliz, sê viajante nos teus próprios pés.
Se queres ser justo, viaja nos pés dos outros.
Se queres ser feliz e justo, viaja-te com(o ) os demais.
m.c.s.
Se queres ser justo, viaja nos pés dos outros.
Se queres ser feliz e justo, viaja-te com(o ) os demais.
m.c.s.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
ajuda-te, ajudando
Por de trás d' um rosto sorridente esconde-se tantas vezes um drama!
Que partilhado se torna menos fantasmagórico. Mais resolúvel.
Há no entanto, hoje, uma inibição justificada, que esconde as angústias e fantasmas que vão nos espíritos aflitos.
É que nos tempos que correm, raras são as alminhas que se detêm junto de outro se esse não lhes dá o garante de momentos felizes. Ou bem pagos.
Chamam aos alheios problemas, graves problemas e precisados de ajuda, más energias. E deles fogem a sete pés. Relativizando-os. Por não serem os seus. Obviamente...
Conselho de alguém que para além de viver há 61 anos, todos os dias sente emoções, recebe lições; e está desperta para o que se passa consigo e com o mundo - Nada faças que não queiras que a ti façam. O retorno existe. E tudo o que faças de útil, positivo, altruísta, volta a ti beneficiando-te a vida. Também, a espiritual. O contrário também é verdadeiro.
Não apregoes hipocritamente, o que não és capaz de decidir, dar, cumprir. Mas tudo deves fazer para que a consciência te seja leve.
Más energias? Vencem-se com amor. Por ti e pelo próximo.
Com verdade.
O ser humano é dotado de intenções surpreendentemente felizes. De sentimentos gigantes de compaixão. E de fé inabalável.
Aproveita-te. Aproveitando-os. Ajuda-te, ajudando o próximo. No limite o próximo podes ser tu.
m.c.s.
coragem
Tenho sempre a coragem presa por arames.
A parte boa - Dando nós resistentes tento que não se desmonte.
m.c.s.
A parte boa - Dando nós resistentes tento que não se desmonte.
m.c.s.
mensagem do dia
Se acordas com o propósito de fazeres o melhor por ti, não só estás a cumprir a tua obrigação como a tomar como princípio fazeres o melhor pela humanidade.
m.c.s.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
respirando imagens de luz
Eu não caminho pelas ruas. Eu misturo-me na paisagem.
Entro em cada porta aberta de vida a ser respirada.
Contemplada. Registada.
Se é uma casa, eu sou telhado, ou chão.
Se é uma árvore, eu sou galho, flor, ou fruto.
Se é o mar, eu sou onda, sal, horizonte.
Se é gato, eu sou felina.
Eu não caminho pelas ruas. Eu vou ao encontro do que existe. E respiro.
Contemplo. Registo.
m.c.s.
emoção
A emoção? Não é um arrepio.
Isso pode ser medo ou frio.
A emoção é uma sementeira.
Que dá o sorriso e a lágrima que brota do coração.
m.c.s.
Isso pode ser medo ou frio.
A emoção é uma sementeira.
Que dá o sorriso e a lágrima que brota do coração.
m.c.s.
pensamentando-me seriamente
Quando o amor se deixa vencer pelo ódio, o ser humano tem que rever a sua vida.
Os seus princípios. Os seus sentimentos. As suas escolhas. O que anda cá a fazer.
O respeito por si não pode ser anulado pelo prazer maquiavélico de amesquinhar o outro. Sob pena de nunca mais se permitir ser respeitado pelo mundo respeitável. E tornar-se um verme.
A minha compreensão é elástica. Mas não para quem não é digno. Não se respeita nem respeita terceiros.
Só compreendo até ao limite da incompreensão. E substituir-se voluntariamente o amor pelo ódio fica para lá do limite possível do incompreensível.
m.c.s.
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