Há dias em que Deus me olha e eu não baixo o olhar.
Porque nada fiz que me envergonhasse.
m.c.s.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
sábado, 19 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
o amor
Feliz é aquele que encontra o Amor.
Aquele que, ao mesmo tempo, é chão e imensidão.
Aquele que lhe dá raízes para ficar e asas ao sonho, para voar.
m.c.s.
Aquele que, ao mesmo tempo, é chão e imensidão.
Aquele que lhe dá raízes para ficar e asas ao sonho, para voar.
m.c.s.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
crédito/verdade
Quem me acredita, sabe-me de cor.
Quem de mim duvida, nem me conhece e tão pouco me adivinhará.
A menos que ponha suas mãos no fogo e me sinta.
Me ame.
A menos que me aconteça...
m.c.s.
Quem de mim duvida, nem me conhece e tão pouco me adivinhará.
A menos que ponha suas mãos no fogo e me sinta.
Me ame.
A menos que me aconteça...
m.c.s.
obrigada
Se não me povoasses os sonhos,
Não me sorrisses,
Não me assinalasses,
Não me versejasses os dias,
A vida não teria poesia,
e eu não saberia rimar
amizade com felicidade,
calor com amor
E paz com o que me dás.
m.c.s.
Não me sorrisses,
Não me assinalasses,
Não me versejasses os dias,
A vida não teria poesia,
e eu não saberia rimar
amizade com felicidade,
calor com amor
E paz com o que me dás.
m.c.s.
voando
Já fui ao céu e voltei...
Nas asas de um falcão
Sempre que a terra foi pequena
Para a minha emoção...
m.c.s.
Nas asas de um falcão
Sempre que a terra foi pequena
Para a minha emoção...
m.c.s.
sábado, 12 de dezembro de 2015
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
pedaços de vida
Às vezes assim...
Singela flor abrindo ao sol
Duma primavera por sonhar
Perfume e cor
De que se há-de enfeitar
Às vezes nem assim
Apenas pedra,
grão de areia
Restolho...
Umas vezes tédio,
desencanto
Outras riso,
em vez de pranto
E sempre raiz
Presa ao chão
Placenta
Semeando pedaços de vida
De amor e emoção
m.c.s.
"...ainda fazes pastéis de massa tenra? "
A gente vive o presente. Uns dias, alegremente. Outros em níveis de (sub) consciência menos leve que pesada.. Deixando-se, porém, passar por todos eles. Vendo-os alvorarem-se. Sombrearem-se. Desfilarem-se. Substituírem-se.
Já só quer ser feliz. Sem muitos floreados. Nem grandes orquestrações, bailados e sapateados. Maquilhagens. Insónias e reumáticos.
Já só quer viver. E diz que sim. Que não faz contas com e ao que já passou. Arrecadando os dias com xis marcados. Os anos áureos. A juventude. Os filhos pequenos.
Pais. Irmãos. O local de trabalho. Antigos colegas. Outras terras. Outras gentes à volta. Um tempo que dá tanto que pensar, que se perdeu na existência. Do abandono e desapego. Na sobrevivência. Nas portas que se bateram. Nas escolhas que se fizeram. Nas estradas percorridas. Desviadas. No olhar n' um horizonte a perder de vista.
Que se perdeu inevitavelmente.
E de repente,
- Sempre boa cozinheira. Ainda fazes pastéis de massa tenra?
E a gente que até se esquece que já abriu portas vezes sem conta, estendeu passadeiras e toalhas, ligou luzes, fez festas, chamou convidados; família, ofereceu alegria, brindes, rolhas de champanhe estoirando, pastéis de massa tenra ...
Sim, ainda faço pastéis de massa tenra. Poucos. E poucas são as vezes. Os pedidos. As vontades. Os prazeres.
Um dos filhos já não come carne. O outro, quando os quer comer vai à Frutalmeidas da avenida de Roma, onde eu também gosto de os saborear, sem remorsos. Nem lembranças, que elas atrapalham o palato. E o momento. A preguiça. E devolvem os fantasmas. D' outras eras, outras terras. Outras guerras.
E de repente,
- Sempre boa cozinheira. Ainda fazes pastéis de massa tenra?
Ainda. Por mim, não. Mas se alguém os quiser, fá-los-ei. Não perdi a mão. Só perdi o hábito. Como perdi os dias, as festas, pessoas, a juventude, os objectivos e as solicitações. O elogio. A garra. De ser útil. A pressa e a capacidade de me dividir em muitas. E agradar.
Como me perdi do tempo e das pessoas. Duma vida que já não é a minha.
Mas...ainda faço pastéis de massa tenra. Estendo a massa, coloco o recheio e acredito que deliciarão, quem os comer.
o rapaz do acordeão
O som do acordeão entrou no espaço, quebrando silêncios nossos. Olhares embaraçosos. Ou vagos. Enfado. Sono e cansaço.
A estação ficou lá atrás.
O rapaz, o acordeão, o cão e a rapariga. A trupe. Invadindo a carruagem. O meu sossego. Os meus tímpanos. O meu direito.
A rapariga, à frente, estende a cesta onde eu iria colocar uma moeda. Se tivesse moedas. Se gostasse do som do acordeão tocando - jimgle bells, jimgle bells...
Se não me deprimisse a presença do cão.
Se o rapaz não tivesse parado junto à minha tranquilidade, perturbando-a. E não ficasse o tempo necessário para se tornar desagradavelmente eterno.
O metro parou à chegada de nova estação. Com ela, o fim da viagem.
E o rapaz, o acordeão, o cão e a rapariga foram pedir para outra, de muitas, onde tocarão músicas de Natal, arranhando as notas. Num misto de aprendizes de músicos, num misto de prestadores de serviços. Nas leis da sobrevivência.
Apesar de não dar para esse peditório percebo a moeda de troca; e acho-a justa. Já o cão empoleirado no ombro do dono - o rapaz do acordeão - é a imagem da injustiça.
E manipulação. Posse e repressão. Oportunismo. Da sociedade...
domingo, 6 de dezembro de 2015
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