domingo, 15 de novembro de 2009

Lembrar-te na canção

Hoje é domingo.
Choveu o dia todo numa chuva miudinha, molha tolos.
Enervante e cínica.
Chamo o taxi. O 80, dizem-me. Espero à porta que chegue.
Está quase no fim, o fim de semana.
Por vezes enganam-se e param em frente à igreja, ou antes, e tenho que ir ao seu encontro. Este não. Parou quase em cima da passadeira.Para que eu não me molhasse.
Presumo.
No interior estava um ambiente agradável. A música soava baixinho.
Leve-me para o terminal dos expressos, em Sete Rios, por favor.
Ao subirmos a Calçada de Carriche, a música mudou. E ouvi com agrado a voz cálida de timbre sedoso da Lena D'Água.
Lembrei-me de ti, de imediato.Eu estou sempre a lembrar-me de ti. Se oiço a Lena D'Água, lembro-me ainda mais de ti.
Falámos há pouco. Da tua chegada nos anos, no trabalho a apresentar. Da tua viagem no Natal, da passagem de Ano.
Mas se oiço a Lena D´Água, lembro-me que gostas de a ouvir, desde pequeno. Que gostaste de a conhecer, ainda que no Big Brother. Que tens os CDs.E eu lembro-me que tenho os LPs guardados. E que tos vou dar de presente. Estão melhor nas tuas mãos que nas minhas.
E tenho saudades, e a culpa é da Lena D'Água e deste domingo chuvoso e da distância...

1 comentário:

maria disse...

Comovo-me com o amor que tens pela tua gente.E escreves como se beijasses estas pessoas que amas.Parabéns Clarita