domingo, 21 de março de 2010

Primavera

Onde estão os cravos brancos?!
E as rosas de porcelana?!
As camélias do jardim
Que espreitam envergonhadas
Ainda não dei pelas papoilas de Abril...
O sol, esse, nasceu radioso
Aromas a jasmim e açucenas
Sorrindo para mim
Eu espero...
Quero o tempo das cerejas
Pincelando os pomares
As serras colorindo...
Quero lojas repletas da fruta
Anunciada...
Pregões de alegria
Eu não quero nostalgia
Nem chuva, nem tempestades
Quero as noites
Estreladas e sensuais
De luas prenhes de luz
Quero danças tribais...
Ovelhas na pastagem
Campos da cor da esperança
Guizos peregrinos
Cantando na sua passagem
Quero fontes luminosas
Cristalinas
Onde se banhem as fadas
Sereias de longos cabelos
Anjos tocando arpas
Baladas celestiais
Divinas...
Quero os sonhos irreais...
Poder fechar os olhos
Convertê-los em banais
Quero o beijo anunciado
Neste afago de amor
Quero gravar o Momento
Numa festa multicor
Quero o tempo modificado
Ai! Quem tudo isto me dera...
Quero, enfim... a Primavera!

2 comentários:

Unknown disse...

Quando acabo de te ler
Eu fico sem fôlego
Tão sôfrega sou das tuas palavras
Que caiem como vagalumes
Em noites estreladas
Na esperança de te ver
Em nuvens de sonho
Colhendo as bagas
E rubros medronhos
A taça repleta
De todo o encanto
De súplica e espanto
Por já tanto te querer
Mesmo sem te conhecer

Bjocas, Princesa!!!

Maria Clara disse...

Obrigada célia. beijinhos.