quarta-feira, 24 de março de 2010

Mar, que foste meu

Mar, que foste meu
Azul verde nas tardes
E nas noites, negro,
Cor de breu
Devolve-me às tuas águas
Cobre-me de estrelas cadentes
Que iluminam as marés
Quero sentir de novo
Na pele, o arrepio
E na voz, o meu pedido
Eco de outros anseios
E nos olhos, a dança das luas iluminadas
Cheias... neste entardecer cinzento
Quero agarrar o momento
O sonho...
Nas redes dele banhar-me
E embalá-lo
Num abraço tão sentido
E tão profundo
P'ra sempre perpetuado...
Nas ondas das tuas praias
No toque do teu sal
Nos mares do meu mundo
Mar, que foste meu
Devolve-me às lembranças
Das tardes sensuais
Das noites que já vivi
De desejos tão iguais
De afagos e promessas
Que eu não prometi
Da loucura de poetas
Dos versos que não escrevi
Mar, que foste meu...

1 comentário:

maria disse...

como sempre, bom.