domingo, 20 de dezembro de 2009

Taquicardia

Assim que entrei no Colombo, fui à farmácia. Por causa dos achaques.
Da taquicardia. Há anos que tomo Inderal. Há 2 dias que não o tenho. A farmácia, ao dobrar da esquina, está em obras. Fui para a Baixa e esqueci-me. Ontem foi o que foi.A galderice com as mulheres da família.
Não fiz taquicardia. Aliás, há muito que não tenho aqueles chiliques que me davam quando tinha trinta anos e já me achava a fazer a menopausa.
Mas à cautela, fui sempre tomando, porque o " meu " médico, o que já dispensei há 3 anos, dizia-me que era preciso fazer o desmame. Ele é que precisava de o fazer, tão mal se portou comigo, mas pronto, são contas por ajustar que um dia ...lá chegaremos.
Ora, entrei na farmácia do Colombo, bonitinha, arejada, arrumadinha, com técnicos muito simpáticos, no caso este que me atendeu, meu patrício, que pergunta invariavelmente, porque não é a 1ª vez que me atende, se já é hábito tomar, a que eu respondo sempre com um gesto de mão, de dentro para fora, que é como quem diz," Yá meu, há bués " e acenando com a cabeça afirmativamente.
Duas caixas, para que não me piquem os miolos, nas farmácias onde não me conhecem.
Este medicamento é tão inofensivo, como devem ser bolinhas de miolo de pão a fazer de comprimidos mas que se não os tenho comigo, começo a fraquejar, como falta de tabaco em casa de fumadores.
Curiosamente, comprei-os de manhã e ainda não tomei e já estamos com várias horas em cima...é isso, a sugestão.A falta de conhecimento de nós próprios ou a incapacidade de nos controlarmos. Um dia chego lá e deixo de tomar Inderal e basta pensar que estou bem, calma, serena, relaxada, uma criatura saudável, para o ser.
O que tem que ser, tem muita força.
Será que tem?

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