domingo, 20 de dezembro de 2009

Sushi e Etc.

Hoje, as três da vida airada,passeamo-nos por Lisboa todo o dia.
Eu era uma delas, a filhota outra, e a irmã, outra ainda.
Pegámos o vício à Paula e é ver-nos comer sushi.
Uma vergonha, só vos digo. Uma quarta pessoa que estivesse connosco e levantava-se, dizendo que não nos conhecia.Se não adorasse sushi como nós. E soubesse manusear na perfeição os pauzinhos, que já eu...bem, é o costume. Não tenho habilidade com as mãos. Mas que, como tudo, lá isso como, e nem por isso faço muita javardice. Por vezes tenho medo que saia algo disparado no sentido da parceira da frente, talvez um pedaço de salmão, bem cruzinho, ou mesmo uma rodela de uma qualquer mistura de arroz e abacate com delícias, ou um crepe de legumes cheio de molho de soja.
Ufa, que procaria! Hoje por acaso o meu lenço, tipo echarpe, negro, com flores laranja, acolheu bagos de milho, bem húmidos de um molho delicioso, de salada, como se fosse um babete.
Enfim, uma pouca vergonha. Ou uma diversão. Um gozo. Gargalhadas.
O que vale é que ninguém me conhece porque já à filha, não é bem assim.
O restaurante ali do Saldanha, onde nós gostamos muito de ir, independentemente de nos portarmos como umas senhoras, tias, ou simples e ilustres anónimas, ou ainda, tristes e vulgares criaturas que do Japão e da sua cozinha e arte de manusear os talheres nada sabem, o restaurante devolveu-nos à rua, rapidamente. Porque elas, as japonesinhas, nervosas e trabalhadeiras, tudo fazem para nos verem a milhas, que não há mãos a medir e é preciso mesas livres.
Saio sempre culpada. Mas o certo é que volto sempre. O sushi, tenho para mim, que é um vício.Um vício como qualquer outro. Melhor.

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