sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Poema de Natal

É Natal!
Ofertas...
Nas montras, nas mãos, nos rostos
Compras e vendas
E enganos nos preços e nas palavras
Desejos. Desejos nas lojas postos
E nos lábios de toda a gente
Realidade, sim
Vaidades?!
Não...Presentes
Natal de alegria
Ou apenas correria?!
Doces, família
Prazer a dar
Desejo no receber
Ai, toda eu sou melancolia
Porque é Natal
E o Natal não é senão um dia
E tudo, tudo é material
Mesmo o beijo...
Não é natural
A troca do presente
Compras e vendas...
Enganos...
Enganos apenas
O pinheiro enfeitado
O bolo adequado
Apertos de mão
Uma saudação
Feliz Natal
Boas Festas
Porque se diz?
Será leal?
Quem se lembra do doente no hospital?
E da viúva... que o marido foi a enterrar?
E a criança que chora em vez de sonhar?
E do soldado, perdido na vida
Cansado, desolado
Que não pode sequer amar?
Ninguém!
E quem nada tem
Fica com esse mal
Apesar de ser Natal...

t.n.1978

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