quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A minha amiga Susete

A minha amiga Susete estava escalada para o meu voo. Dias antes faláramos nisso.
Na rua, levou-me os acepipes, para o avião, descobri depois porquê.
A Milú pusera no meu troley mangas pesadíssimas e maracujás e era necessário que os doces saíssem e passassem despercebidamente pelas mãos da Susete.Percebi também que na minha mala do porão foram postos maboques ( que o meu irmão adora )e tudo isso me inquietava embora esta última me dissesse que ficasse " fria ".
A Susete é uma mulher madura ( da minha idade ), que ainda está em prazo. Alta, morena, elegante e linda, na sua farda de, hospedeira, como a gente antigamente dizia.
Assim que entrei no avião e me acomodei, ela veio ter comigo. Sempre a sorrir, sempre doce e amiga.
Durante o voo estivemos juntas várias vezes.O voo teve alguns incidentes de percurso, que ela tentou resolver, sem contudo o conseguir. Pediu-me desculpas por isso, em nome da TAAG. Não precisava, ela não tinha culpa e a nossa amizade não se faz de pedidos de desculpas. Essas têm que se evitar, porque é baseada num intimidade e num respeito de muitos e muito anos.Mas a Susete é mesmo assim. Delicada, educada e óptima profissional.Já mo tinham dito, desta última, e tal como excelente estudante que foi, só pode mesmo ser uma excelente profissional.
O meu regresso naquele avião, fez-se normalmente, com algumas condicionantes logísticas, mas que não beliscaram o meu espírito. Serviram sim para perceber limitações destes funcionários, duma empresa que se queria melhor.
A Susete ajudou-me neste regresso ao quotidiano. À vidinha que sei que tenho em Portugal. Ela, a par com a Milú, são os meus Anjos da Guarda em Luanda e eu só tenho que lhe agradecer muito. Obrigada, minha querida amiga.

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