quarta-feira, 11 de agosto de 2010

para Norte...


Como o calor é muito e tenho umas coisitas para fazer aqui por casa, fico no fresquinho. Que é como quem diz, ao fogão mexendo o arroz que quero doce ( um miminho ) e preparando uma carne de porco à alentejana ( a pedido ).
E como estou de partida, não se pode dizer que de malas feitas, porque estão por fazer, tenho que as pôr a jeito, porque está na hora de ...bazar.
Ah pois é! As férias estão no finzinho. Eu sei que vou chorar. Choro sempre. Como no 1º dia de aulas enquanto fui estudante. É uma vergonha, mas é verdade verdadeira e quem fala verdade não merece castigo. Não cresci, neste particular.
Mas antes de chorar de pena, das aulas, perdão, do trabalho que vai começar, vou para Norte. Aquele norte agreste e montanhoso. Onde mandam os que lá estão e mandam bem. Onde os meus braços abraçarão os meus afectos. Que já não abraço num calor de amor forte e antigo, tão antigo quanto eu, há algum tempo.
Sinto o apelo forte do lugar e das pessoas. Do cheiro das estevas. Das casas de pedra com história de séculos passados. Das estórias divertidas das aldeias e dos seus habitantes. Dos sotaques e do meu nome saindo da alma dessas pessoas como se fossem rosas e porcelana, num sentimento muito paternal. Que me faz tanta falta e tanto bem...
As minhas pessoas são as minhas âncoras e a certeza de que não sou um número qualquer e que faça o que fizer nunca farei número. Por isso vou, para os meus olhos verem, os meus lábios beijarem e sorrirem e as minhas mãos tocarem. Os sentidos, todos, sentirem. Vou voltar ao ponto de partida. Não meu, mas de mim, da minha gente.
Sou a eterna viajante e não me arrependo disso nem maldigo a sorte.
Isto faz sentido, para mim...

1 comentário:

Bolinha disse...

Boa viagem e boa estadia, amiga Clarinha. Tb gosto muito de Trás-os-Montes. Todos os anos lá vou, duas vezes, no Verão e no outono.
Bjs.