quinta-feira, 19 de agosto de 2010

chamada de atenção

Pouco sei do Facebook. Inicialmente não aceitava os convites. Depois apareceram amigos que me queriam adicionar e não fazia sentido rejeitá-los. E aceitava-os. Mas nem sequer lá ia ver como aquilo era. Não tinha a menor curiosidade e tinha algum receio. Ouvia dizer que o facebook era perigoso.
Também ouvi a várias pessoas que vêm ler o blog que as fotografias publicadas aqui podem tornar-se perigosas. Já publiquei algumas, que depois retirei por não querer que as pessoas em causa se sintam inseguras ou prejudicadas. As minhas, não as retiro, e continuarei a publicá-las mas são minhas e eu assumo o risco e o perigo. E depois, com franqueza, para que querem fotografias minhas? Não servem para nada útil.
Também ouvi muitas vezes dizer que o site Sanzalangola era perigoso.
Conclusão a que chego: a Internet pode ser perigosa ou prejudicial. Será?
Eis uma questão a que talvez não saiba dar resposta. Também não tenho de saber. Aliás, sei muito pouco sobre todas as questões e mais esta.
Uma coisa eu sei. Sempre que entro no Facebook, nos blogs, em sites assumo-me como Maria Clara Santos. Tenho sete nomes no B.I. mas não é necessário escrever o nome completo para me identificar. Aliás, seria uma seca a acrescentar à seca que por vezes sou. Sei que há muita gente, mais do que deveria existir que anda por todos estes lugares da internet sob pseudónimo, assumindo personalidades que não existem, portanto, falsos que nem Judas. Deixo com a consciência ( ? ) de cada um e não é por isso que vou deixar de ser quem sou.
Uns meses antes de voltar a Luanda em 2009 comecei a ser alvo de críticas após os comentários que fazia na Sanzalangola por parte de gente que não se identificava. Como se me conhecessem e tivessem um ódio de estimação por mim. Fui chamada de bipolar entre outras coisas de um jeito que não deixavam dúvidas quanto à intenção ofensiva. Por essa altura uma mulher começou os seus comentários ali. Com nome verdadeiro. Dirigindo-se-me. Comentando a seguir aos meus comentários e aos das pessoas que se me dirigiam. Tentando chegar também, às minhas pessoas. Utilizando palavras e termos vulgares, mas que fazem parte do meu discurso, como agreste, criatura, ervilha ( para designar o mundo )feroz, entre outras. Como se fosse uma cópia de mim e do meu discurso. Inicialmente simpática e próxima. Eu sabia quem era embora não a conhecesse. Era uma pessoa que surgia do meu passado mais remoto. De criança. E que deixara para trás. Por via do sanzala encontramo-nos e eu fiquei muito contente por esse encontro. Jantámos juntas, uma vez. Ficou a saber onde morava porque me levou a casa.
Nunca mais a vi. Mas ouvi. Muitos meses seguidos. Anonimamente, o meu telemóvel e depois o fixo, que é confidencial, tocavam dias e noites numa esquizofrenia que me fez acreditar que fosse quem fosse ( porque não soube logo quem era ) estava concerteza louco. Durou de Julho de 2009 a Fevereiro de 2010. Inicilmente era só ao fim de semana e de noite, depois da meia noite, que recebia as chamadas sempre como DESCONHECIDO no ecran do telemóvel, e depois passou a ser durante o dia. Por esta altura estava de férias e a pessoa parecia enlouquecida numa compulsão assustadora. Nunca falava mas ouvia-me, porque eu simplesmente não me segurava e falava também numa tentativa de ficar com as chamadas marcadas para descobrir mais tarde junto das operadoras. E consegui. E percebi que era mulher por um sussurro ameaçador, muito ameaçador, em resposta à pergunta que sempre fazia " o que é que quer de mim? "
Avisei que ia participar criminalmente, mas isso não assustou a criatura reles e cobarde, para além de louca que eu tinha à perna. No período que estive em Luanda, claro, não recebi chamadas. No sanzala passei a ser alvo de críticas duras por parte dela que andava desconfiada. Comigo. Atacando também uma amiga minha que claramente se percebia que o era, na tentativa de me atingir. Manipulou as pessoas que iam comentar ao site ( fotos de Luanda ). Num comentário que fez atingindo uma amiga minha, passei-me e para que percebesse que eu descobrira que era ela que me tentava atormentar, escrevi de acordo. Até para que desistisse, pelo medo. Não me interessava conhecer os motivos que uma criatura possa ter para semelhante atitude obsessiva. Não existiam, não existem. Só na cabeça dela obviamente. E têm de ser analisados, por técnicos de saúde. Não por mim.
Os críticos de que falei anteriormente surgiram com compaixão pela criatura e criticando a minha conduta, nada percebendo sobre a minha conduta para com ela. Algumas pessoas sabiam o que se passava, nomeadamente amigas de infância que não a conheciam e algumas pessoas que escreviam no sanzala e das quais me tornara amiga. Preveni-as.
Não devemos andar sempre a dizer como somos, enaltecendo detalhes da nossa personalidade que nos possam colocar acima de outros mortais. Eu nao o faço. Porém como sempre, como agora o estou a fazer, digo o que penso sem jogos. Quando é a sério, é mesmo a sério e sei que sou honesta e acredito na lealdade porque sei que sou leal e forçosamente, tem de haver gente como eu, porque não sou especial.
Percebi que pelo menos, uma das pessoas que preveni sobre esta situação, e isto nada tem a ver com um desentendimento meu com alguém que aos restantes não diz respeito e portanto ninguém tinha de se afastar dela por minha causa, mas é algo que pode tocar a todos, e é indicativo de alguém perturbado e perigoso, não mudou a sua atitude, dizendo-me assim nas entrelinhas ( foi a leitura que fiz ) que preferia o contacto com essa senhora ao meu. E trocava anos de vivência no passado por alguém que nem sequer conhecia. O que me entristeceu e desiludiu.
O que estava a contecer era grave. São chamadas anónimas. Um crime punido com prisão. À noite. 1,2, 3, 4 da manhã. De dia. A qualquer hora. Em casa. No emprego. Na rua. Na praia. Sozinha. Acompanhada. Chamadas seguidas. Mais de seis meses ininterruptamente. É perturbação do descanso e ofensa da integridade física e psíquica. Como dizia, uma das pessoas com obrigação de saber quem eu sou e porque não conhecia a dita senhora, como tal não perdia nada, não acautelou a sua segurança, nem os laços que nos uniram no passado e não se importou com a questão trocando e-mails com ela e comentários no Sanzalangola.
Depois de chegar de Angola pouco mais escrevi no Sanzala. Aquilo descambou por culpa de todos. Não me excluo dessa culpa. Mas achei por bem nunca mais escrever ali. Entretanto os administradores do site acharam também por bem limpar os comentários das fotos sobre Luanda, acto que na época critiquei, chamando os bois pelos nomes e assinando com o meu nome. A senhora em questão desapareceu do site, pelo menos com o nome verdadeiro.
Recebi alguns mails seus muito insistentes, e também do seu marido, mas nunca respondi. Recebi um telefonema seu com o número visível. Ao fim da terceira insistência, atendi e fiz das tripas coração para manter o diálogo. Aguentei o coração e consegui que me desse mais dois números de telefone. É contra a minha natureza o cinismo, mas naquele momento não tive outro remédio. Nessa noite e madrugada, recebi mensagens repetidamente. Quase ofensivas. E e-mails.
Participei dela. Criminalmente. Sabia que era ela. Confrontando os números que constavam das listas das operadoras, com números que me ligaram, com os que tinha dela. Quanto ao processo, não me manifesto como devem calcular.
O facebook entra na minha vida. Tenho ali alguns amigos associados.
Há uns dias recebi um convite da senhora em causa. Achei diabólico. Fui verificar se as minhas pessoas estavam também a ser convidadas por ela. E sim.
É uma pessoa desiquilibrada. Má e perigosa. Loucamente infeliz. Não desite. Anda no pé dos amigos que me estão adicionados. Apareceu dissimuladamente. E puxou a ela o meu irmão, duas amigas de infância e uma amiga do sanzala. E gente que eu não adicionei propositadamente e a quem recusei o convite. Mas que conheço e que me são de certa forma, próximos. Preveni o meu irmão e uma das amigas de infância. A outra não me surpreendeu porque nunca deixou de ter contacto com ela. Quanto à amiga do sanzala, que é minha amiga virtual, ela é que sabe. Há muito a preveni.
Previno todos os outros. Anda alguém no facebook no encalço dos meus amigos convidando-os para que se tornem seus amigos. Agora com um apelido diferente, que reconheço. Não os conhece de lado algum. Deduzo que só porque são meus amigos. É uma pessoa aparentemente normal, no trato, no que me foi dado ver, porém existe ali um desvio qualquer. E bastante grave. Se acaso alguém quiser saber quem é, eu dou o nome. Para se prevenir. Mas não aqui.
O meu endereço: m-clara-s@hotmail.com

4 comentários:

Anónimo disse...

PAIXÃO ASSOLAPADA...............

pena não ter feito psicologia, tratava da senhora gratuitamente!porque não há dúvida de que se trata de caso médico......

anónimo disse...

Que história...Como é que aguentaste tanto tempo? Sabes que a minha suspeita é também essa?
Isso só pode ser paixão.
Cuidado clara.

Maria Clara disse...

E tenho a dizer-vos que ainda hoje a dita senhora me voltou a oonvidar para ser sua amiga no facebook. Ele há pessoas, muito poucochinhas.

Anónimo disse...

Cuidado...os grandes assassinos têm cara de anjos...

Neste caso concreto pode apenas tratar-se de uma "tara" motivada por "dor de corno".

Pode ser que isso lhe passe quando fôr confrontada com a justiça. Depois veremos a cara de "susto" com que fica.

Cada maluco tem a sua mania, a porra é quando isso afecta ou outros, que grande pobreza de espirito.