quarta-feira, 20 de outubro de 2010

hoje, mais que nunca

Pôe-se o Sol nesse sábado de cacimbo, em Luanda. Num Setembro do meu destino. Que estava escrito. Belo, vermelho, enorme. Intocável. No mar...
No mar dos meus encantos. Esse mar que não cheirava, não sentia e só via nos sonhos que ainda me esforçava por sonhar. O mar que me trazia e levava recados na onda que enrolava e desenrolava na areia. O mar, que me segredava, uns segredos, que esses, sim, eu gostava de ouvir e de saber. E de guardar, então?!
Sigo a luz e contemplo a cidade e a Ilha...
Do alto da Fortaleza.
Cheira a massaroca assada e a ginguba. Da Chicala, o vento transporta o perfume, música para os meus ouvidos, prazer para os meus sentidos.
A máquina dispara imagens de luz para hoje recordar. E eu não estou em mim. Depois de comer o pão que o diabo amassou, eu estou de novo, aqui. Com os pés assentes na terra e o coração levitando num ar puro, nunca tão oxigenado, purificando esses anos todos só para eu respirar nos poros todos da minha pele, na força toda do meu amor.
É o momento. Sou feliz!
Quisera hoje, neste instante, poder dizer que estou aqui de novo, no Momento.
Na falta de me encontrar, na falta de todas as faltas, o meu olhar procura a Luz. O Mar. O momento para te abraçar. Hoje, mais do que nunca...

3 comentários:

Elizabeth disse...

Olá Clarinha, como eu te entendo! Bateu-me uma saudade tão grande ao rever esse bocadinho da Fortaleza! Beijinhos. Ah! e quanto ao MEO se fosse a ti já lhe tinha torcido o pescoço....GRRRRRRRRRRR

maria disse...

Agora fizeste-me uma lágrima no canto do olho, Clarinha. Não vale, amiga.

Bolinha disse...

Como tu consegues transportar-nos no tempo e no espaço com as tuas palavras, amiga! Obrigada. Bjs