quinta-feira, 28 de outubro de 2010

tu sabes

Dois bancos de pedra...porque sim.
Há sonhos difíceis. Alguns inatingíveis, digo eu.
Bancos de pedra num país sem mar. Este, da imagem de luz. Numa terra de neve e montanhas. O frio e os caminhos tortuosos nada ajudam. Sem mar é difícil encontrar a estrada do sonho.
Mas hoje, cheia de intenções, apeteceu-me chamar os bancos que guardei. Bem guardados. Caminhar na paixão que alimento pelas imagens, e eu que não gosto de segredos e nunca gostarei, não me querendo cativa a coisas pouco claras, paro, prendendo-me nos meus sonhos. E permaneço. A pedra e cal. Ilusão... de óptica.
Vejo o que quero ver, sinto o que quero sentir. Sonho o que quero sonhar.
Chamei os sonhos de novo, porque sim.
Tu sabes. Tu sabes porque hoje estou aqui a sonhar, mesmo sem avistar o mar. Fazendo as pazes com o meu banco de pedra onde gosto tanto de sonhar.

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