quarta-feira, 13 de outubro de 2010

affair

Não sou preconceituosa. Não sou de todo.
Não tenho nada contra nada. Sou a favor, sempre, seja do que for, se o que for valer a pena.
Não tenho nada contra homens de mais de 60 anos. Nem contra brasileiras. Seja de que idade for.
Eu própria, não brasileira, mas angolana, chegada a portugal em 1975 com 20 anitos, fui descriminada por ser retornada ( que não sou, porque nunca sequer tinha estado em portugal, de visita ). E não me abriram a porta da frente. Entrei pela dos fundos e levou tempo a conquistar o meu lugar, onde comodamente me instalei até hoje. Mas fizeram-me engolir muito sapos até lá.
Não tenho portanto nada contra ninguém. Sou a favor de pessoas felizes, mesmo que isso passe pela imcompreensão das ditas normais, que não é o meu caso.
Os seres felizes são mais fáceis. Mais óbvios, tornando a nossa vida igualmente fácil.
Estamos então conversados. Mas eu não estou satisfeita.
E tenho uma questão a colocar, que me intriga.
Porque é que não se encontram hoje, homens com mais de 60 anos que não tenham, ou não tenham tido pelo menos uma vez, um affair com uma mulher brasileira?
Gostava que me explicassem. E eu não sou burra, mas não entendo.
Alguém que conheço, com mais de 60 anos, disse-me há pouco tempo que fora uma brasileira que o ensinara a abraçar. Aka. Canário! ( como diria a Sónia M. Santos. ) A senhora em questão precisou atravessar mar para descobrir a pólvora nesta ervilha perdida na europa? E mais, foi preciso uma criatura das américas chegar para ver, estar e vencer?
Há coisas que não entendo. Se calhar não tenho nada com isso, mas gostava de perceber como é que há quem não saiba que os abraços se dão com a alma. Será que os portugueses a perderam?
Ou será que as mulheres brasileiras têm uma Alma maior e mais generosa que deixa os portugueses mais aconchegados?
Tema para um estudo sociológico diria a minha amiga que anda no último ano de sociologia e não é brasileira.

1 comentário:

Manuela disse...

Coisas de homens! Vamos lá perceber porquê?
Não aprofundando muito o tal estudo e por outras observações que tenho feito (embora não cientificas) sou levada a pensar que não serão só as brasileiras (que nesta época são as que mais abundam por aí) mas qualquer "rabo de saia que passe". Eu não consigo entender como é possível parar numa qualquer berma de estrada, negociar uma "galadela" com uma qualquer estranha criatura, sacudir...pagar...e seguir viagem...
Que estranha forma de estar.
Que nojo diria eu!