sexta-feira, 8 de outubro de 2010

e o resto são cantigas

A minha santa casa tem sido uma movida. Não madrilena.. Antes fosse. Ribatejana. De uma pequenez que até dá raiva.
Estou eu aqui, a meio duma manhã de trabalho, a olhar para o nada, e esperando que o senhor técnico da PT se desembarace de um serviço para o qual não vinha devidamente preparado. Nem fisicamente ( sobe e desce um terceiro andar dezenas de vezes ) nem com material.
Faltaram-lhe os pregos do tipo braçadeiras. Por acaso a senhora não tem pregos, daqueles que são braçadeiras?
Sei lá o que é isso. Na despensa deve haver dessa gingajoga toda, mas eu não estou para aí virada. A minha despensa é um lugar assim como a casa do lobo mau. O quarto escuro. Completamente desconhecida para mim, nos materiais, tantos e objectos a mais que por lá existem e que não comprei, não quiz comprar e tenho raiva a quem comprou.
Sei lá eu o que é um prego do tipo braçadeira...
E isto tudo porque a saga Meo ainda não terminou.
Ontem só me apeteceu ir-me a eles à dentada.
Depois de me deixarem sem serviços, televisão, net e telefone desde 6ª feira, finalmente 4ª vieram instalar o telefone e a net. Hoje ainda só tenho telefone, net nem vê-la. Esta é a móvel. Hoje o outro técnico, o da televisão por satélite aqui anda devassando toda a minha privacidade. É da sala para o quarto e do quarto para a sala soprando de calor e impaciência e sou eu entre acalmar a Pitanga que levianamente se espojou no tapete, de barriga para o ar como se fosse uma cadelinha, assim que o senhor entrou, provocando-o num atitude que segundo ele nunca tinha visto nos dias da sua vida, a minha Pitanga é uma sedutora, e seguir o senhor técnico como se eu fosse também um destes animais submisso de quatro patas. Ele diz, minha senhora? e eu lá vou solícita. Dê-me isto, dê-me aquilo...e eu dou. O que posso e sei.
Que drama, que novela mexicana de quinta categoria...
Está enervado porque parece que há um problema com o satélite e eu estou enervada porque as horas passam e já devia estar a trabalhar.
Só me saem duques...
Ontem estive mais de uma hora com o funcionário de Coimbra, ao telefone, claro, e perante a ficha de cliente que eu apresento, disse-me que nunca vira tal coisa na vida dele de funcionário da PT. foi tão paciente, simpático e atencioso e ainda por cima não me tratou por d.maria costa, que acabei oferecendo os meus préstimos acaso venha cá abaixo e precise de alguma coisinha.
É que às vezes eu já não sei se é do cu ou das calças. Felismente que aparecem estas criaturas que me dizem que não tenho culpa nenhuma disto. O mano Zé tão paciente e calmo, ontem perdeu a paciência com uma senhora completamente destituída de inteligência que o reteve ao telefone mais de 10 minutos para lhe dizer depois, que ia passar à equipa técnica.
Mas porque é que eu não aceitei a ajuda do funcionário da PT que leu o meu post e me mandou um e-mail oferecendo os préstimos? Às vezes, esta coisa da honestidade chama-se burrice. A cunha ainda vale...
Enfim, aqui estou eu e o técnico, um puto com menos de 30 anos com idade para ser meu filho, com a impaciência própria das pessoas desta idade, deixando escapar um, porra para isto, de vez em quando, porque isto é mesmo uma porra, uma merda e sei lá mais o quê.
Não consigo ter o sinal do satélite. Isto significa que não tenho televisão.
Se tivesse agora 40 anos que fosse, acho que ficaria histérica e desataria a chorar impotente com esta situação. Assim só me apetece dizer que burriquei nisto. Há-de ser o que fôr. E daqui não saio enquanto o serviço não funcionar.
Hoje até é 6ª feira. Tenho um jantar que adivinho, muito agradável, na bonita cidade de Tomar, num restaurante que segundo informação, é muito agradável, com pessoas que estimo e que todas juntas já não se encontram há muito tempo, por isso Viva la Vida, que o resto...são cantigas.

Sem comentários: