sábado, 27 de julho de 2013

porque hoje...é sábado!

Hoje é um bom dia. É sábado. E ... oxalá... 
Que se criam sempre grandes e habilidosas expectativas ao seu redor. 
Porque é sábado, se torna o dia dê do calendário. E calava-me já, que as palavras são desnecessárias. As evidências falam por si e por mim. Lembrar Vinícius é uma saída airosa para quem gagueja perante a nobreza do dia.
Falar do dia enquanto se espera dele o melhor, é o meu vício. Um dos. Como tal, siga a marinha...
Juro, eu não queria. Mas eu não queria mesmo. Tinha até jurado sangue de cristo. Oh! Qual cristo! Meter cristo nisto é um pecado mortal. 
Era escusado associar o sábado ao mar. Está escandalosamente implícito e hoje eu queria era fugir do lugar comum. Não bater mais no ceguinho, coitado, pois está farto de alombar comigo. E eu estou farta de chover no molhado. A pessoa cansa-se. 
Mas marinha, lembra mar, este lembra água salgada. Praia. Biquini e toalha. Mirones. Sol. Mergulho e pirolitos. Lembra até baleias e tubarões. Engatatões. Alforrecas e peixe-agulha.
Nadador-salvador. Bola de nívea. A embandeirar em arco. E a propósito, lembra bandeiras . A vermelha. E aqui paro porque o mar está revolto e se calhar vêm aí as marés vivas nesta minha morta vontade de naufragar. Vai que me teriam de salvar da minha ignorância de nadar? Vai que me deixava enrolar na onda maior e não me fariam respiração boca a boca?!
Vai que eu não teria como agradecer? 
Se sigo o caminho da praia, o dinheiro vai miseramente contado não vá o diabo tecê-las e os amigos do alheio, que têm olhar de lince e mãozinhas marotas pensarem que pelo andar da carruagem sou apessoada de excessos. 
Pois é, não me parece boa ideia, tentar-me a nadar, seja lá de que modalidade for num mete nojo que deus me livre e guarde, não vá eu ficar no mato sem cachorro, sendo que os nadadores-salvadores estão lá para qualquer afogamento, mas há que evitar excessivas e inconscientes pretensões. 
Hoje é um bom dia. E...oxalá...mas não. Há sábados destes. Sem sol e sem mar. Sem mergulhos na asneira e no vazio. No arrependimento. Sem sul nem andorinhas do mar ou gaivotas. Sem albatrozes e outros algozes. 
Ainda assim, tenho para mim que o mar me chama. Me desafia. Me provoca e me estimula. Aguarda e guarda lugar de podium para o avistar mais e melhor. Acho até que me dará uns binóculos para mais rigorosa observação.
Tenho para mim que ainda vamos rir muito. Por último, que é quem ri melhor, enquanto o pôr de sol se põe a sul. Será que estou a prever uma insolação?
Aprendi que tarde é o que nunca vem. Um dia destes, se Deus quiser, Ele quer, estarei em frente desse imenso, provocador, fascinante, tranquilizador e estiloso mar do meu sonho de sábado atrás de sábado. De estória atrás de estória. De ideia atrás de ideia. Sem ficção. Que o mar existe e eu gosto dele. Demais. Romanticamente demais...
Mas hoje, apesar de sábado e do meu romantismo, a minha onda é outra.

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