quinta-feira, 4 de julho de 2013

lar doce lar

Hoje não saio de casa. 
Nem que a vaca tussa. Nem que venha o diabo mais velho.
Nem que me mandem ver se estou na esquina, eu vou.
Nem que me troquem as voltas.
Nem que tenham uma converseta de ao pé de orelha comigo e com os meus botões.
Nem que me acenem com tentações. 
Por falar em Tentações, já estou na primeira fila para ver e ouvir a minha cria falar para todos os que sintonizarem a CM TV no canal 8 da Meo por volta das duas da tarde.
Hoje troquei a praia pelo sofá. O panachê pelo sumo natural. O sol pela sombra. O dia radioso pelo ar condicionado. E as comidas calóricas por um gaspacho e umas fatias de presunto com melão.
Hoje a máquina fotográfica será trocada pela de lavar e as sandálias por pés descalços. 
O horizonte pela televisão e as conversas pelo teclado. Os corsários por calções e a blusa por t-shirt de alças. O cabelo solto por carrapito e a cara maquilhada por rosto limpo. Troco o mundo pelo lar e o povo pela Pitanga. Por mim. Em mim.
Hoje despojo-me do que é corriqueiro e usual e aceito o natural e simples da vida. 
Está um calor que, vai lá vai que até a barraca abana e eu estou numa preguiça de trazer por casa. Por isso na liberdade que me permite escolher, fico-me por aqui numa kunanguice gostosa onde tenho o que preciso e só me faz falta o que está. 

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