segunda-feira, 22 de julho de 2013

saudades

Depois duma noite às voltas com o sono, depois de ter feito filmes românticos, comédias e tragédias, escrito poemas que estão por rimar, e capítulos e capítulos encadernados, protagonizando uma história que é de ir às lágrimas de dor e de riso, num livro por assinar, tudo perturbadamente consciente,depois de correr com uma gata teimosa e com insónia também, finalmente adormeço. 
E acordo a seguir porque a minha vida não é nem dormir nem ficar pela cama preguiçando que nem reformada desocupada.
Há deveres para cumprir. Há vidas para viver. Há prazeres para descontar. Mesmo que bata com a cabeça nas paredes, boceje e feche os olhos, bêbada de sono.
Porém e porque isto dos antepassados nos passarem princípios tem muito que se lhe diga mas a gente não discute e porque me ensinaram que primeiro o dever e só depois o prazer, faço-me à estrada que é segunda-feira e mal pareceria começar a semana de mãos vazias e espírito cansado. 
Ombros caídos e esgar desdenhoso.
Depois?! Quem sabe?! Se dou umas braçadas e lhe vou visitar.
É que estou cheia de saudades do mar.

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