Não me conheces. Não me conheço. Não te conheço. Não nos conhecemos.
O que sugeres? Eu, bem, eu sugiro um dicionário. Uma enciclopédia.
Para todas as hipóteses. E definições.
Todos os motivos e alterações. Todas as manhãs, sois e sombras.
Todos os mares, rios e pontes.
E nomes. Terras. Mapas, caminhos. Luas e destinos.
Signos. Adivinhações. Ousadias e credos. Políticas, clubes, hobbies e intervalos.
Idades e famílias. Alturas, pesos, sinais. Cores, músicas, flores e filmes e sabores.
Todas as possibilidades. Emoções, sentimentos, desejos e sonhos.
Todas as decepções, lágrimas e traições. E fraquezas, cobardias e depressões. Vícios, manias e disfarces.
Memórias, juras e promessas.
Porque não me conheces. Não me conheço. Não te conheço.
Não nos conhecemos, sugiro os pratos na mesa.
Refeições, conversas, olhares, perguntas e respostas.
Todas as prosas poéticas e todos os poemas rimados ou não. Palavras, viagens, silêncios e jogos.
Todas as diferenças. Todas as parecenças.
Todos os princípios e todos os fins servem para te conhecer. Para me conheceres.
Para me conhecer. Para nos conhecermos, finalmente.
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