sexta-feira, 5 de julho de 2013

promessa

Um dia...
Bem, eu não gosto de promessas. Fiquei-me nesse preconceito de que promessas, tal como outras palavras, leva-as o vento.
Não gosto que jurem sangue de cristo com vontade de jurar sangue de barata.
Nem que prometam mundos fundos e não tenham nem uns trocados para dar. 
Nem que digam que sim quando não sabem, senão, ser nim.
Eu não gosto de promessas. Mãos erguidas e unidas como se estivessem a orar.
Dedo no pescoço e juntos o polegar e o médio sacudidos, num ritual antigo e fora de moda a reforçar juras que nem sempre, quase nunca se cumprirão.
Eu não gosto de promessas. Amanhã isto, aquilo e aquele outro. Faço, fazemos, compro, desisto, acabo, começo, terei, direi, irei, vais ver...
Eu não gosto de promessas. Tão pouco de as fazer. 
Mas hoje apetece-me fazer uma, numa excepção à minha regra.
Um dia...um dia prometo, que vou amar-te como tu mereces, de coração livre e inteiro.

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