terça-feira, 27 de julho de 2010

os irmãos dos nossos amigos

Ser feliz...
Não sou a felicidade em forma de pessoa. Não sei o que isso é. Sou uma pessoa inquieta. E tranquila também. É um paradoxo. É. Eu sou um paradoxo. E se calhar por isso é que sou feliz, mas não sou.
Os momentos bons fazem-me ser feliz e os maus, por vezes também, ainda que no momento não os compreenda.
Nos últimos tempos, se calhar porque entrei na tal recta final, que meeeeeeeedo desta frase, da carga negativa que ela transporta, sinto que estou a modificar-me. E gosto. Os medos deixaram de o ser e o conhecimento aplicado às situações torna-me uma pessoa melhor. Em momentos, claro. Porque de santa pouco tenho e não dou a outra face. Sou a primeira a dar bofetões numa e noutra face do meu rosto numa esquizofrenia de quem ainda não atingiu a maturidade suficiente para se perdoar.
Mas lá chegarei.
O que faz de nós seres melhores são as pessoas que nos rodeiam e que nos dão ternura, sorrisos, alegrias, o ombro, o exemplo, ou nos consideram seres melhores do que somos. Criam em nós o sentimento de gratidão e a responsabilidade de não os desiludirmos e somos " forçados " a ser diferentes. Melhores.
Hoje, um comentário num post antigo, de alguém que foi toda a vida, é, família para mim, porque os irmãos dos meus amigos, os filhos, os pais, enfim, todas as pessoas que giram à volta dos meus amigos, intimamente, que amam os meus amigos, são família para mim, então esse comentário causou-me um momento de paz intenso e tive uma vontade muito grande de abraçar esse alguém intensamente e dizer-lhe que não sou apenas a kamba da irmã. Sou sua kamba também.
Obrigada querida, por me teres provocado a sensação de felicidade que advém de momentos de paz que os amigos sabem tão bem oferecer .
Estás no meu coração há muitos anos. E admiro a tua tenacidade para venceres as agruras da vida. A coragem para seres também tu, uma Guerreira de Luz.
Um abraço do tamanho do olhar de Deus.

3 comentários:

Anónimo disse...

Clara, minha querida, hoje de manhã, e como já se tornou hábito desde hà uns dias para cá, abri o teu blog para beber um pouco dessa "kissangua" que saboreio quando te leio, antes de siar toda vestida a preceito para ir a uma importante reunião no Ministério dos Petroleos, e não consegui conter as lágrimas que me lavaram o rosto, ao ler o post "os irmãos dos nossos amigos".Obrigada por me considerares também tua "kamba", é um privilégio ter amigas como tu, que tens esse coração tão nobre, e obrigada por me elevares a um patamar tão elevado como aquele em que colocaste a "nossa mãe Eduarda". Abraço-te com um carinho muito grande "mana Clara". Beijo da "mana caçula São Soares"

Maria Clara disse...

Oi São
Eu vi-te crescer. Ver crescer alguém, pressupôe estar presente.
Eu senti-me presente sempre.
A vossa casa era a minha casa e a vossa mãe foi mãe para mim e para todos os amigos dos filhos. Sei tbm que me estimava mto e procurei sempre não a desiludir.
Em Setembro vamos ver-nos sim, em Lisboa e em Dezembro bora lá ver as quedas de Kalandula. O aniversário da kanuca correu às mil maravilhas e a noite prolongou-se até tarde.Tive pena que não estivesses. Beijinhos

Maria Clara disse...

Oi São
Eu vi-te crescer. Ver crescer alguém, pressupôe estar presente.
Eu senti-me presente sempre.
A vossa casa era a minha casa e a vossa mãe foi mãe para mim e para todos os amigos dos filhos. Sei tbm que me estimava mto e procurei sempre não a desiludir.
Em Setembro vamos ver-nos sim, em Lisboa e em Dezembro bora lá ver as quedas de Kalandula. O aniversário da kanuca correu às mil maravilhas e a noite prolongou-se até tarde.Tive pena que não estivesses. Beijinhos