domingo, 12 de setembro de 2010

em negação

Não tenho querido sentar, no banco do sonho acordado.
Não tenho sabido dizer, o que a mente silencia.
Não tenho sentido a fé para a espera paciente.
Não tenho recebido sinal do farol que me ilumina.
Nem sei a fase da lua, nem marés na noite escura.
Não sinto o afago da onda, nem sou beijada pelo vento.
Não me deito na sombra da duna nem acordo com o sol.
Não vejo espírito de Luz protegendo a minha estrada...

Ainda assim, entrei na noite

Feita de nadas
E loucamente inventei
Uma lua cheia... encantada
Romântica e prateada
Menina dengosa e feliz,
Cantante, poeta, amante
Vestes brancas, lantejoulas,
Cabelos soltos ao vento
Nos lábios beijos de mel,
Nos olhos promessas de amor
Nas mãos o sonho brilhando
E no coração em chamas
A cor duma grande paixão...

Não tenho querido sentar, no banco do sonho acordado
Do frio daquela pedra
Oiço cansados monólogos
Participo nas viagens
Dos meus sonhos mais esforçados
Vejo nuvens cacimbando
Meus voos de asas curtas

Vejo o destino adiado
E suspiro nostalgias
Não tenho querido sentar, no banco do sonho acordado
Não por nada, mas por tudo
Até p'ra não perder a magia...
Os meu sonhos, fantasias...

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