quinta-feira, 30 de setembro de 2010

as moscas

Duas moscas brincaram uma com a outra, comigo e com o sistema, informático, durante toda a santa manhã, para meu desespero. Eu que de santa não tenho nada, fiquei possuída. De um sentimento de nojo.
Não consegui matá-las, mas não lhes desejo muita saúde.
Fizeram-me lembrar aqueles dois senhores manhosos, ontem, com conversinhas de mete nojo, no pequeno ecran.
Já hoje fiz as contas e por mais voltas que dê, vou ser lesada. Quer queira, quer não, vou ser menos rica, uns cem euros, mensalmente.
Sim porque não vou ficar mais pobre, não. Somos ricos os que ganhamos os tais mais de 1.500 euros ilíquidos, na soma do ordenado base com todos os subsídios que o ordenado acrescenta na teoria, claro.
Eu devia ter voz activa e propôr aos distraídos dos senhores que ontem nos trouxeram o presente envenenado que acabassem com uns subsídios que para aí se dão, numa classe que pretende ser intocável e acima de qualquer suspeita. Uns subsídios, aos meus olhos, imorais.
Poupavam muito dinheirinho e ninguém morria por isso. E não sei, mas se calhar ficávamos todos mais iguais. E menos pobres. Sei lá...

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