Há na melancolia do poente, um domingo menos.
Voltar a casa devia ser, voltar ao chão. Ao lugar da paz. Ao ninho.
Aonde a alma abraça a noite cantando hinos de alegria. E acena à lua, sonhadora.
Onde moro? Onde habita a minha crença? Onde se instalou o espírito inquieto?
Que foi feito da minha esperança?
Perco o norte. Há muito perdi o sul.
Não encontro a rosa dos ventos.
Nem a brisa que me beijaria beijos de união de sol e mar.
Há na melancolia do poente a partida dum pedaço de mim.
Quebra-se a asa da borboleta.
Desfolha-se a rosa do jardim.
Desce o gato do telhado.
Há um sonho roubado.
Não sorrio p'ra ninguém e ninguém sabe de mim.
Há na melancolia do poente um acrescento de fim.
domingo, 27 de maio de 2012
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