sexta-feira, 11 de maio de 2012
é preciso não calar
Na calada da noite
Grito dores que não são minhas
Tomo-as a peito, no peito
Mascaro esta forma de ser
Num pálido sorriso
Que me oferece o teu viver
E os nós dos dedos soando
Na mesa velha da sala
Gelam gargalhadas nervosas
E matam caretas de escárnio
Sequiosas...
Na calada da noite
Oiço o bater do medo
Colar-se à tua imagem
E páro angustiada
Na sombra que baixa os braços
Desistindo da viagem
E cerro os punhos doridos
E transformo os gemidos
Em palavras e abraços
Na calada da noite
É preciso não calar
É preciso não desanimar...
m.c.s.
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