terça-feira, 22 de maio de 2012

e...já cá estão, as cerejas!

foto tukayana.blogspot
Ontem estreei-me nas cerejas. Não prestavam. Hoje alguém me disse que numa certa frutaria havia cerejas do Fundão, muito boas. E aí fomos nós às ditas, uma vez mais. Não nos enganaram. Elas são maravilhosas.
Aqui sentada, passo em revista estes últimos dias enquanto saboreio as minhas cerejas. Na verdade, não me apeteceu escrever, não me apetece escrever e não sei quando voltarei a ter vontade de o fazer.
Doi-me a cabeça. Ontem para além de dor sentia um sono louco que me fez mergulhar no vale dos lençóis antes das nove da noite o que foi perturbador, pois não sou muito fã de cama, sobretudo se ainda é dia mas o fim de semana esgotante não perdoou e acordar de madrugada para vir para Torres arrumou comigo na cama, literalmente. Às duas e meia da manhã despertei farta de cama e com a dona Pitanga ao meu lado, instalada a menos de um palmo da minha cara, o que é mais perturbador ainda, dado que pode atacar-me à máfila que eu não estou nem aí. E depois de roubada, trancas à porta.
O fim de semana foi fantástico. Trabalhoso mas muito bom. Foi o bolo de cenoura que fiz para ser vendido à fatia pelos meninos do Alfama-te. Foi preparar a tralha para vender na 1ª venda de garagem. Foi ir cedíssimo para a Sé para depois ser levada para o espaço fantástico onde se realizava o evento. Montar a banca e encarnar o papel. Foi divertido. Mas cansativo. Foi depois o jantar com um grupo fantástico. Todos os elementos tinham estado na Venda de Garagem.
Foi ainda uma ida ao Tejo Bar, onde os Poliban tocavam e cantavam. Mas depois foi dormir a correr para cedíssimo acordar e voltar para Alfama para o almoço de aniversário, surpresa, da Ana Paula, e que eu, a A, a J. e o F., tratamos. Pediram-me que fizesse filetes de pescada. Ok, filetes são filetes. Eu adoro filetes. Mas pediram um pouco mais. Que os passasse por corn-flakes. Que ficavam crocantes. Claro, subentendi. 
Num algures qualquer, porque me perco muito por receitas, revistas e livros de receitas de culinária, já lera e vira algo a propósito. Achei a ideia porreira e depressa o google me deu várias receitas de filetes preparados desse jeito, que, vou-vos contar, os filetes ficam duma forma que receberam os elogios de alguém da família da Ana Paula que me disse: São muito bons. Crocantes, sem estarem secos nem encharcados em óleo. Muito gostosos. Os meus parabéns. E eu sorri cheia de vaidade da receita que nunca tinha feito e que afinal correu bem numa sorte de principiante. Para acompanhamento, uma cama de rúcula e por cima batatinhas novas, cozidas com pele, ovos de codorniz, cozidos e tomate cereja. Por cima disto tudo um molho fabuloso de iogurte e queijo e mais umas mistelas que atrapalhada que estava a fritar os filetes não consegui  guardar a receita que as meninas executavam.
O almoço aconteceu e eu juntei-me aos restantes. A meu lado ficou um homem de nome Daniel Vieira que toca e canta maravilhosamente. E a seguir, o António Macedo que também toca e canta que encanta. Era outra das surpresas para a Ana Paula. Os meninos do Alfama-te não brincam em serviço e só me apeteceu dizer-lhes que também quero uma surpresa (?) destas para o meu aniversário. O bolo é que preferia, em vez de eléctrico ( a Paula é de Lisboa )  o mapa de Angola. Aposto que a menina que os faz e que também estava na venda de garagem saberia fazê-lo na perfeição.
Olhando agora para o fim de semana, na verdade foi muito bom. Kuioso, que quer dizer a mesma coisa.
Escolhi ficar para segunda-feira para curtir um pouco a companhia da minha cria caçula já que estive com a outra todo o fim de semana, nas actividades.
Agora, aqui de pernas estendidas no descansa pés, observo a minha Pitanguinha que morreu de saudades minhas no fim de semana pois que ontem quando cheguei e vim tratar dela a casa, numa ajuda preciosa do mano Zé que me foi buscar e levar, parecia uma maluca. À minha saída saltava como fazem os cães, convencida que a deixava ir comigo. Fez-me sentir culpada do abandono a que a votei. Observo-a e acho que está feliz por me ter com ela. Já não quer colo como ontem. Mas mantêm-se grudada em mim.
Tenho o meu jantarinho para preparar. Antes de chegar a casa entrei em dois supermercados à procura de  espargos. Comi-os preparados pelo Fred e estavam deliciosos. Salteados. Os supermercados desta terra nem têm espargos em frasco. Verdes. Apenas dos brancos. Mas como não desisto, o meu jantar vai ter espargos.
E assim me despeço porque a cozinha me chama. Afinal, não sou eu que digo que em vez de oficial de justiça o que eu queria mesmo era ser cozinheira? Pois então...
 

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