sábado, 12 de maio de 2012

a doze de maio

foto tukayana.blogspot
Gosto de procissões. À noite. Comovem-me. Choro. E canto. E oro a Deus e a Nossa Senhora de Fátima.
Desde que saí de Angola que as minhas preces foram sempre no sentido do universo fazer o milagre da paz para o meu povo e para a minha terra. Saúde e vida para as minhas pessoas e para as pessoas que me cruzam a vida. E já acho que peço muito. Vou sendo abençoada. A paz na minha terra é uma realidade e todos os dias agradeço a Deus por isso, bem como a minha e a saúde da minha gente. 
Gosto de procissões e já tenho muitas no curriculum religioso.
O adeus à Virgem sempre me comoveu de chegar às lágrimas. Como todos os adeus. Há neste adeus à Virgem algo triste. Entre o agradecimento e a perda. 
A fé é que nos salva mas temos de nos pôr a jeito. Não foi o que aconteceu hoje. Estou praticamente em frente à igreja desde 2003 e nunca assistira ao que hoje aconteceu. E não fosse estar descalça, de calções e t-shirt cavada e teria descido e tomaria lugar na bonita procissão que aconteceu mesmo em frente ao meu nariz.
Porque será que gosto de prociss
ões? 
Porque gosto de rituais. Porque gosto dos cânticos, Porque gosto de velas. Porque gosto da Nossa Senhora, a Virgem Maria.. Porque gosto de ver pessoas de fé. Porque gosto de manifestações. Porque gosto de gostar.
Hoje, ainda que à janela, pude deixar correr o olhar pelo que acontecia da igreja para fora e gostei  muito de ser surpreendida. Quem sabe para o ano, já estarei a viver definitivamente neste lugar ( espero estar ) e poderei ser informada a tempo e horas, nem que seja pela Marta do supermercado cujas crianças fazem parte dos escuteiros e fazem-se presentes sempre que solicitadas.

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