Férias são férias…
E a gente faz o que apetece e pode.
Acordei às oito. Para ir para a praia. Demoro cerca de uma hora. Pois é, quando a gente não tem transporte, é assim. Às vezes penso no que perco, outras penso no que vocês, os que só sabem andar de carro, perdem. Ficamos empatados quase sempre, muitas vezes saio a ganhar. Quando chove, ainda não estou nos transportes e já perdi. É a viducha. Se tem remédio? É capaz de ter mas francamente sou hipocondríaca, mas não gosto de xaropadas. Já tenho amargos de boca que cheguem. Por isso, aqui vou eu cantando e rindo, o sono me apanhando e dormitando entre umas viagens e outras ou observando o circo que muitas vezes se monta à minha volta.
Férias são férias e pressupõem praia. Parece um ritual. Coisa obrigatória. E eu fiz parte desse ritual que se não há praia não são férias. E então os que vivem paredes meias com o mar e a praia?
Mas, na verdade, eu gosto e gosto da ideia por mim vivida anos a fio, da família indo de férias para um destino de praia. Uma semana. Duas. Tenho saudades disso. Disso. Estar na praia sem ter de enfrentar filas, trânsito, sem preocupações de horários, olha, vou ali e já venho dar um mergulho ( eu não sei dar mergulhos ), olha, vou a casa num instantinho, atravessar a rua e zás, um pé na praia e outro em casa. Olha, vão vocês que eu estou só a acabar o livro.
Olha, ó Deus do céu, não precisavam ser os mesmos mas podias dar-me essa bênção de ir de férias em família por uma semana, só uma semaninha, não preciso descer a sul, Peniche está bem ok? Sou uma mal agradecida pois que depois de amanhã já rumo a essa praia com a metade da família que quero para fazer férias. Não se pode ter tudo…um dia consigo juntar os dois ao mesmo tempo e vamos.
Acho que estou com a melancolia e a saudade próprias de quem já tem dois terços das férias, passadas. E não cumpriu o ritual, esse mito, de férias, versus, praia. Não tenho tido sorte. Ou muito vento. Ou muito sol. Ou água muito fria. Ou os três. Ontem desforrei-me. Foi tudo perfeito. A hora, das 16 até fechar a praia a chave de ouro, os banhos, o lugar escolhido ( Tamariz ), o sol, a alimentação, líquidos, santo Deus,a líquidos o santo dia, como consegui essa habilidade, não sei, mas consegui e quando me deitei era a melhor amiga de mim própria e até me apeteceu dar-me beijinhos.
Por falar em amigas, uma amiga ligou-me quando estava na praia, já eram sete da tarde. Estou na praia, disse.
Fantástico, bom, que ótimo, ela é assim muito eufórica e bem disposta. Nunca me lembro da linha pá. Gosto tanto dessa hora na praia. Vem ter comigo, disse-lhe. Já é tarde. Não dá. Ela tem carro. Nunca é tarde. Sorri-me. Não dá…nunca é tarde Lídia, disse. Deu-me justificações, plausíveis. Continuei a dizer mentalmente, nunca é tarde, nunca é, nunca…
Ninguém gosta, quer dizer pouca gente gosta de ir para a praia sozinha. Eu também não gostava. Não sabia que gostava. Até passar a ir. Até ser obrigada a ir ou então não ir e ficar a ver outros irem. A Lídia não foi ver o sol dar lugar à noite em frente ao mar, mas eu estive lá a usufruir desse momento mágico. E pensei, amanhã volto.
Afinal, não voltei. Apesar de ter acordado às oito para ir à praia.Tenho gente para jantar. Vou dedicar-me a isso. Também gosto. É igualmente mágico usar de arte na culinária e no final ouvir – Que bom! Está ótimo! E a mesa transformar-se no lugar onde pessoas que se gostam trocam ideias, contam planos, recordam sucessos ou insucessos, são família. Também tenho de preparar a minha ida para o mar mais lindo desta terra e a ida a São Martinho do Porto.
Férias são férias e eu estou bem. Sinto-me bem e ficava assim para sempre. Aqui está a conclusão feliz a que chego quando penso como vai ser na reforma. Estou no lugar onde vou ficar, a menos que me saia o euro milhões para a semana, ena pá, canário, isso é que era. Estou a viver uma vidinha que em nada ou quase nada será diferente, até já trabalhei para a SMS quando lhe tomei conta das crias e mais uma vez soube que ela ficou muito contente com a baby-sitter, moi meme. Não tenho gasto mais do que a conta, aliás tenho poupado muito, a diferença é que sei que no dia seis lá estarei a subir o viaduto. Aqui é que ela impeça, que é como dizem lá no Ribatejo.
Aka. Xiça, penico, já fiquei com brotoeja só de pensar . E logo agora que estou com um tom achocolatado na pele, próprio da praia e do sol, das férias…
Férias, são férias…
E a gente faz o que apetece e pode.
Acordei às oito. Para ir para a praia. Demoro cerca de uma hora. Pois é, quando a gente não tem transporte, é assim. Às vezes penso no que perco, outras penso no que vocês, os que só sabem andar de carro, perdem. Ficamos empatados quase sempre, muitas vezes saio a ganhar. Quando chove, ainda não estou nos transportes e já perdi. É a viducha. Se tem remédio? É capaz de ter mas francamente sou hipocondríaca, mas não gosto de xaropadas. Já tenho amargos de boca que cheguem. Por isso, aqui vou eu cantando e rindo, o sono me apanhando e dormitando entre umas viagens e outras ou observando o circo que muitas vezes se monta à minha volta.
Férias são férias e pressupõem praia. Parece um ritual. Coisa obrigatória. E eu fiz parte desse ritual que se não há praia não são férias. E então os que vivem paredes meias com o mar e a praia?
Mas, na verdade, eu gosto e gosto da ideia por mim vivida anos a fio, da família indo de férias para um destino de praia. Uma semana. Duas. Tenho saudades disso. Disso. Estar na praia sem ter de enfrentar filas, trânsito, sem preocupações de horários, olha, vou ali e já venho dar um mergulho ( eu não sei dar mergulhos ), olha, vou a casa num instantinho, atravessar a rua e zás, um pé na praia e outro em casa. Olha, vão vocês que eu estou só a acabar o livro.
Olha, ó Deus do céu, não precisavam ser os mesmos mas podias dar-me essa bênção de ir de férias em família por uma semana, só uma semaninha, não preciso descer a sul, Peniche está bem ok? Sou uma mal agradecida pois que depois de amanhã já rumo a essa praia com a metade da família que quero para fazer férias. Não se pode ter tudo…um dia consigo juntar os dois ao mesmo tempo e vamos.
Acho que estou com a melancolia e a saudade próprias de quem já tem dois terços das férias, passadas. E não cumpriu o ritual, esse mito, de férias, versus, praia. Não tenho tido sorte. Ou muito vento. Ou muito sol. Ou água muito fria. Ou os três. Ontem desforrei-me. Foi tudo perfeito. A hora, das 16 até fechar a praia a chave de ouro, os banhos, o lugar escolhido ( Tamariz ), o sol, a alimentação, líquidos, santo Deus,a líquidos o santo dia, como consegui essa habilidade, não sei, mas consegui e quando me deitei era a melhor amiga de mim própria e até me apeteceu dar-me beijinhos.
Por falar em amigas, uma amiga ligou-me quando estava na praia, já eram sete da tarde. Estou na praia, disse.
Fantástico, bom, que ótimo, ela é assim muito eufórica e bem disposta. Nunca me lembro da linha pá. Gosto tanto dessa hora na praia. Vem ter comigo, disse-lhe. Já é tarde. Não dá. Ela tem carro. Nunca é tarde. Sorri-me. Não dá…nunca é tarde Lídia, disse. Deu-me justificações, plausíveis. Continuei a dizer mentalmente, nunca é tarde, nunca é, nunca…
Ninguém gosta, quer dizer pouca gente gosta de ir para a praia sozinha. Eu também não gostava. Não sabia que gostava. Até passar a ir. Até ser obrigada a ir ou então não ir e ficar a ver outros irem. A Lídia não foi ver o sol dar lugar à noite em frente ao mar, mas eu estive lá a usufruir desse momento mágico. E pensei, amanhã volto.
Afinal, não voltei. Apesar de ter acordado às oito para ir à praia.Tenho gente para jantar. Vou dedicar-me a isso. Também gosto. É igualmente mágico usar de arte na culinária e no final ouvir – Que bom! Está ótimo! E a mesa transformar-se no lugar onde pessoas que se gostam trocam ideias, contam planos, recordam sucessos ou insucessos, são família. Também tenho de preparar a minha ida para o mar mais lindo desta terra e a ida a São Martinho do Porto.
Férias são férias e eu estou bem. Sinto-me bem e ficava assim para sempre. Aqui está a conclusão feliz a que chego quando penso como vai ser na reforma. Estou no lugar onde vou ficar, a menos que me saia o euro milhões para a semana, ena pá, canário, isso é que era. Estou a viver uma vidinha que em nada ou quase nada será diferente, até já trabalhei para a SMS quando lhe tomei conta das crias e mais uma vez soube que ela ficou muito contente com a baby-sitter, moi meme. Não tenho gasto mais do que a conta, aliás tenho poupado muito, a diferença é que sei que no dia seis lá estarei a subir o viaduto. Aqui é que ela impeça, que é como dizem lá no Ribatejo.
Aka. Xiça, penico, já fiquei com brotoeja só de pensar . E logo agora que estou com um tom achocolatado na pele, próprio da praia e do sol, das férias…
Férias, são férias…
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