Como as coisas são...
Uma criatura sente-se doente, assume todos os ares de vítima da doença e age em conformidade. Como se sente mal fica em casa e como quer companhia vai para o computador. Quer dizer, abraça o dito, coloca-o ao colo, para se sentir mais aconchegadita e entra no facebook. ( será mesmo verdade que quem não tem vida é que tem facebook? São bocas que oiço e não sei porquê acho que são-me destinadas, porque todos os dias lá vou e com muito gosto )
E o que descobre? Que as amigas com quem mais fala no chat estão doentes. Mas estão lá. ( outras que também não têm vida? Mentira. Uma delas tem sete vidas como os gatos apesar de os odiar, embora me diga sempre a propósito da Pitanga que gatos só dos outros )
Solidariedade? Ou o mundo desta faixa etária está a prescrever?
Uma, que diz que está que nem pode andar com dores, insurge-se contra mim porque eu ainda não fui ao médico. Nessa falta minha, coloca-se no papel do doutor e encontra um nome para a minha doença que já esqueci, deus que me livre ficar a matutar nisso, diz que o nome tem a haver com labirintos, faz sentido pois tem a haver sobretudo com o ouvido interno. Com o líquido do ouvido médio que nos pôe a cabeça à toa. Diz ela. Assusta-me, ainda que eu lhe diga: é pá minha, eu sou hipocondríaca, ah e tal e coiso que o meu filho também é, como se para uma criatura com este problema, companhia fosse solução. O que é que eu faço com um hipocondríaco? O que fazem comigo. Não me ligam nenhuma.
Adianta-me o nome do medicamento, como se eu fosse comprá-lo. Insiste pelo tratamento, pela visita ao médico e eu não tenho outro remédio senão desabafar dizendo-lhe que odeio, que tenho medo deles. Que a gente começa por uma auscultação e não sabe onde acabará. Volta a insistir, desta vez aconselhando-me o " meu " médico. Tenho que lhe dizer que o dispensei há 4 anos quando fui dispensada pelo " falecido ". Uma questão de deslealdade que não quero e também não posso contar em nome de mais de 20 anos entrando naquele consultório, mas bati com a porta para nunca mais. E fiquei com esse ódio de estimação.
Continua chovendo no molhado; porque precisas de ser tratada, porque tens mesmo de ir ao médico. Digo que eles, os médicos são um vício. Uma vez no médico, para sempre nele. Ela ri e concorda. E diz uma coisa fantástica, que a faz esquecer as doenças, partindo para a saúde.
- O meu ortopedista bem que não me importava que fosse. E começa a descrever o senhor, que diga-se de passagem achei um exagero pois já não há criaturas dessas . Muito alto, magro, moreno o ano todo, grisalho e olhos verdes. Os olhos verdes, é a única coisa que não está nas minhas fantasias, quer dizer, ortopedista também, mas pronto, está nas dela que é o que importa, que pode estar doente mas não se sente imprópria para consumo. Na mente.
A conversa a partir daqui não se pode contar. Não por mim, mas por ela.
Ainda não a tinha largado de mão já estava a falar com outra amiga doente. Sozinha numa cama de hotel ali para os lados daquele continente que encaixa com África. E sem poder de lá sair, ligada que estava ao banheiro né?
E lá desatamos nós a falar de vómitos, intestinos, diarreias, vesículas, intoxicações, bolachas de água e sal, água de coco, caldos, como verdadeiras mulheres da bata branca. Sobretudo eu a fazer o papel da outra anterior e pelos sintomas diagnosticando uma intoxicação alimentar que foi canja, trigo limpo farinha amparo.
Uma coisa boa no meio disto tudo, barriga mais lisa, um incentivo para uma boa dieta que a deixará nos trinques.
Resumindo e concluindo, ontem à noite algures no mundo eu e mais duas, tivemos um serão de truz como verdadeiras catatuas desanimadas e prescritas enquanto o mundo gozava um sábado à noite. Ora eu!...
As melhoras, minhas kambas!
Uma criatura sente-se doente, assume todos os ares de vítima da doença e age em conformidade. Como se sente mal fica em casa e como quer companhia vai para o computador. Quer dizer, abraça o dito, coloca-o ao colo, para se sentir mais aconchegadita e entra no facebook. ( será mesmo verdade que quem não tem vida é que tem facebook? São bocas que oiço e não sei porquê acho que são-me destinadas, porque todos os dias lá vou e com muito gosto )
E o que descobre? Que as amigas com quem mais fala no chat estão doentes. Mas estão lá. ( outras que também não têm vida? Mentira. Uma delas tem sete vidas como os gatos apesar de os odiar, embora me diga sempre a propósito da Pitanga que gatos só dos outros )
Solidariedade? Ou o mundo desta faixa etária está a prescrever?
Uma, que diz que está que nem pode andar com dores, insurge-se contra mim porque eu ainda não fui ao médico. Nessa falta minha, coloca-se no papel do doutor e encontra um nome para a minha doença que já esqueci, deus que me livre ficar a matutar nisso, diz que o nome tem a haver com labirintos, faz sentido pois tem a haver sobretudo com o ouvido interno. Com o líquido do ouvido médio que nos pôe a cabeça à toa. Diz ela. Assusta-me, ainda que eu lhe diga: é pá minha, eu sou hipocondríaca, ah e tal e coiso que o meu filho também é, como se para uma criatura com este problema, companhia fosse solução. O que é que eu faço com um hipocondríaco? O que fazem comigo. Não me ligam nenhuma.
Adianta-me o nome do medicamento, como se eu fosse comprá-lo. Insiste pelo tratamento, pela visita ao médico e eu não tenho outro remédio senão desabafar dizendo-lhe que odeio, que tenho medo deles. Que a gente começa por uma auscultação e não sabe onde acabará. Volta a insistir, desta vez aconselhando-me o " meu " médico. Tenho que lhe dizer que o dispensei há 4 anos quando fui dispensada pelo " falecido ". Uma questão de deslealdade que não quero e também não posso contar em nome de mais de 20 anos entrando naquele consultório, mas bati com a porta para nunca mais. E fiquei com esse ódio de estimação.
Continua chovendo no molhado; porque precisas de ser tratada, porque tens mesmo de ir ao médico. Digo que eles, os médicos são um vício. Uma vez no médico, para sempre nele. Ela ri e concorda. E diz uma coisa fantástica, que a faz esquecer as doenças, partindo para a saúde.
- O meu ortopedista bem que não me importava que fosse. E começa a descrever o senhor, que diga-se de passagem achei um exagero pois já não há criaturas dessas . Muito alto, magro, moreno o ano todo, grisalho e olhos verdes. Os olhos verdes, é a única coisa que não está nas minhas fantasias, quer dizer, ortopedista também, mas pronto, está nas dela que é o que importa, que pode estar doente mas não se sente imprópria para consumo. Na mente.
A conversa a partir daqui não se pode contar. Não por mim, mas por ela.
Ainda não a tinha largado de mão já estava a falar com outra amiga doente. Sozinha numa cama de hotel ali para os lados daquele continente que encaixa com África. E sem poder de lá sair, ligada que estava ao banheiro né?
E lá desatamos nós a falar de vómitos, intestinos, diarreias, vesículas, intoxicações, bolachas de água e sal, água de coco, caldos, como verdadeiras mulheres da bata branca. Sobretudo eu a fazer o papel da outra anterior e pelos sintomas diagnosticando uma intoxicação alimentar que foi canja, trigo limpo farinha amparo.
Uma coisa boa no meio disto tudo, barriga mais lisa, um incentivo para uma boa dieta que a deixará nos trinques.
Resumindo e concluindo, ontem à noite algures no mundo eu e mais duas, tivemos um serão de truz como verdadeiras catatuas desanimadas e prescritas enquanto o mundo gozava um sábado à noite. Ora eu!...
As melhoras, minhas kambas!
2 comentários:
Fui fazer um fim de semana prolongado para o sul e não pude ler as novidades. Muito me contas.
Minha amiga, estamos fritas. Começam a chegar todas as maleitas e mais algumas.
As tuas melhoras e das amigas idem.
Uma boa semana. Bjuuuuus
as melhoras para si também. como eu queria ter um portátil, para estar no quentinho, nas noites frias de inverno.. uma coisa é certa, no facebook ou msn, uma pessoa ainda se vai rindo, diverte-se, fala com as amigas, com os primos, com os blogger´s que conhece ao vivo e com aqueles que não conhecemos ao vivo e a cores. faz muito bem em falar com as suas amigas. beijos e um abraço
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