Deixo o olhar cair no distante do tempo que já nem sei se se ergue na memória se sou eu a delirar de febre e me fico assim quieta, tipo estátua, numa languidez que sabe a conforto e a casa. Me vejo lá na rua espreitando o 16 que demora a chegar, para a Terra Nova. Ocorre-me a terra nova que outros ainda não lhe contemplaram porque foram olhar outros horizontes mais limitados e perderam a vontade de sonhar. Sei que quase todos foram arrastados pelos cabelos, espernearam, xingaram mas cederam. Medo. Muito. Sobrevivência...
Eu também.
Deixo o olhar cair no esquecimento fingido e no cavalo de batalha, a medir forças e me sinto fraca já porque eu queria mesmo era espreitar, não o 16, mas a noite que chegou há pouco, céu estrelado, canto de rua, candongueiro businando, candengue correndo, acácia florindo, kota tirando o chapéu, manga escorrendo nos braços, sol se avermelhando, povo sotaqueando e baía prateando da lua cheia.
Deixo o olhar cair no hoje do ano passado. No Cruzeiro. No abraço na minha mãe africana que é catanhó de nascença e angolana de coração e na vizinha Rosa, branca de Luanda. Do Sambizanga.
Lhes abracei que dois braços não chegaram.
Lhes abracei com os olhos que até choraram parecia chafariz correndo água na lata. Com o sorriso aberto que foi até às orelhas. Lhes abracei com as palavras, muitas que desconsegui deixar no silêncio da emoção. Com a alma que fui buscar no imbondeiro onde estava pendurada desde o outro ano que passou.
Lhes abracei que até senti que ia estoirar de alegria e felicidade.
Deixo o olhar cair atordoado na lembrança. Nesse sonho de me enfeitiçar o ano inteiro até voltar a lhes abraçar.
É mesmo quando que voltas mais? Xé, diz lá então! Me pergunta o olhar caído num beco de mim onde mora uma esperança de me renascer em cacimbados dias de julho, no signo, na sina, no destino que quero traçar. Escrever e transformar em documento legal selando a vontade.
Deixo o olhar cair no mapa, no mar, na terra e no céu e lhe toco de leve, acariciando cada traço, cada onda, cada rua, cada estrela e só de lhe pensar já sou já feliz.
( faz hoje um ano que fui abraçar a minha querida Arminda )
Eu também.
Deixo o olhar cair no esquecimento fingido e no cavalo de batalha, a medir forças e me sinto fraca já porque eu queria mesmo era espreitar, não o 16, mas a noite que chegou há pouco, céu estrelado, canto de rua, candongueiro businando, candengue correndo, acácia florindo, kota tirando o chapéu, manga escorrendo nos braços, sol se avermelhando, povo sotaqueando e baía prateando da lua cheia.
Deixo o olhar cair no hoje do ano passado. No Cruzeiro. No abraço na minha mãe africana que é catanhó de nascença e angolana de coração e na vizinha Rosa, branca de Luanda. Do Sambizanga.
Lhes abracei que dois braços não chegaram.
Lhes abracei com os olhos que até choraram parecia chafariz correndo água na lata. Com o sorriso aberto que foi até às orelhas. Lhes abracei com as palavras, muitas que desconsegui deixar no silêncio da emoção. Com a alma que fui buscar no imbondeiro onde estava pendurada desde o outro ano que passou.
Lhes abracei que até senti que ia estoirar de alegria e felicidade.
Deixo o olhar cair atordoado na lembrança. Nesse sonho de me enfeitiçar o ano inteiro até voltar a lhes abraçar.
É mesmo quando que voltas mais? Xé, diz lá então! Me pergunta o olhar caído num beco de mim onde mora uma esperança de me renascer em cacimbados dias de julho, no signo, na sina, no destino que quero traçar. Escrever e transformar em documento legal selando a vontade.
Deixo o olhar cair no mapa, no mar, na terra e no céu e lhe toco de leve, acariciando cada traço, cada onda, cada rua, cada estrela e só de lhe pensar já sou já feliz.
( faz hoje um ano que fui abraçar a minha querida Arminda )
Sem comentários:
Enviar um comentário