quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

que dia!!!

foto tukayana.blogspotLisboa pela manhã. Um frio de rachar. Vestida até às orelhas. Cachecol de lã. O frio entrando nos ouvidos. O nariz pingando. A confidência - Falta aqui um gorro, um chapéu, uma boina. Qualquer coisa. Tanta coisa dessa lá em casa e a gente aqui tão desconsoladinha. O dia mais frio deste outono.
Estrangeiros, daqui do lado, nuestros hermanos disparando para o cais das colunas, para o marquês de pombal, para os eléctricos, para o nevoeiro cerrado. Para mais tarde recordarem.
Rua Augusta. Entrada no outlet que tem 3 semanas de existência. O mau feitio da empregada morena e alta, dura pelo menos há uma semana. O multibanco não está activo e é preciso uma corridinha ao multibanco mais próximo.
Na pastelaria da esquina, uma empada de galinha. A rua Augusta parece uma manhã de sábado. Antes do almoço, pouca gente, a enganar quem por lá anda. Como que a acenar afirmativamente à pergunta: Isto está mesmo mau?
Subindo o Chiado, uma visita ao Bazaar, da Ana Pipoca. Depois à Blanco que tem coisas giras. Promoções. Na compra da 2ª unidade, 50% de desconto. Aliciante. Há quem caia. Eu sou uma delas. Quem vai comigo, também. Que nem umas patinhas. Ou não. Também somos filhos de Deus.
Subimos à Estrela. Rua Saraiva de Carvalho. À porta, o 3º elemento, esperando por nós. Gosto muito deste grupo que formamos de vez em quando. Falta o 4º elemento. A esse pensamento, de repente uma nuvem cinzenta. Há uma coisa que se chama saudade e que é todos os dias. Não há dia sim dia não.
A sala estava tão cheia como nunca a vira antes. A velha e já gasta observação:
E estamos em crise! Contra nós falamos que também lá fomos. Sushi é um vício e hoje triplicado.
Terceira fase - Ida ao Colombo. Tem de ser. Não há volta a dar. Tratamos o espaço por tu. Cada loja, de cor. Tudo no mesmo espaço. Contado o tempo, convertido em fins de semana, percebemos que estamos quase lá. Nas festas. E já decidimos que pelo menos este ano há presentes. E vamo-nos a eles. Não são só os outros.
Da parte da tarde Lisboa parece outra. Frenética. Apressada. Lotada. Endinheirada. Louca. Numa demência de que não nos excluímos.
Os pés começaram a doer. As costas também. A cada compra uma espera. Numa loja, porque não dizê-lo? Na springfield sentei-me. Sabia que não era um banco mas sentei-me. Já não aguentava mais. Dali por 5 minutos a empregada. A senhora desculpe mas é proibido sentar-se aí. Levantei-me e fui para fora, para um banco. Nem me apeteceu mandá-la dar uma volta ao bilhar grande. Com tanta gente na loja e a criatura preocupada com o meu poiso...ok. Cumpriu aquilo para que está programada. Daqui por 3, ou 6 meses outra estará no seu lugar aplicando aquilo que lhe ensinam que o cliente não pode fazer. Já a loja estará às moscas porque é daquelas que nem é muito cara nem muito acessível.
Eram 5 da tarde e eu já imprópria para consumo.
Ainda andei nisto até às oito. Hora de regresso a Torres Novas.
Estou que nem posso com uma gata pelo rabo. O que me valeu quando cheguei foi a Pitanga esperando à porta, para aliviar o meu stress criando outro. Roupa no hall. Gavetas abertas. Latas de comida deitadas abaixo. Um alvoroço.
Para dia da justiça, muito injusto este dia de compras.
Nem uma coisinha para mim. Muito me apeteceu mas contive-me. E afinal, fiz bem. Nem sempre nem nunca.

1 comentário:

nuno medon disse...

um dia bem atarefado . faz lembrar a minha mãe, quando anda na rua.... adora ver montras, até num shooping pequeno, se perde... beijos