sábado, 10 de dezembro de 2011

naturalmente...

Dei comigo reflectindo. Sem esforço. Naturalmente, como que respirando. Há despropósitos que não fazem parte dos códigos com que me vou regendo, também naturalmente. Não me ocorrem. Como se não os conhecesse. Como se a minha educação até hoje não o permitisse. Na minha vida não é assim. Porque não é.
Descartados, fora de questão, dizê-los. Fazê-los. Senti-los. Naturalmente...
Dei comigo reflectindo. Enquanto espero que o sol reflicta a sua luz neste meu dia frio e chuvoso de outono.
Calar não significa cinismo, cobardia ou indiferença. Falta de transparência. E tudo dizer não significa sinceridade, coragem e transparência.
Naturalmente...
Fazendo a filtragem e chegada a este tempo de vida que tenho, e à minha condição pouco me importa o que pensem, o que saibam ou o que digam de mim.
Este foi um lugar que conquistei sem medalhas de mérito de batalhas ganhas. Fui vivendo, foi acontecendo, naturalmente. Mas cheguei aqui, a este lugar de tranquilidade e desvalorização do que pode incomodar. E é aqui que quero permanecer.
É a conquista obtida no tempo que a vida, experimentando-nos, graciando-nos ou subtraindo-nos, nos dá.
E é uma coisa tão boa e tão livre, que nesta tarde chuvosa e fria de dezembro, me apetece brindar a mim e aos meus 56 anos de existência umas vezes bela outras sombria, que me deixa reflectir sobre o desprendimento das coisas banais e menores.
A natureza e o universo são extraordinários.
Fazem milagres. Naturalmente...

5 comentários:

maria disse...

bonito escrito.
bom fim de semana, Clarita.

david disse...

beijo grande. :)

Maria Clara disse...

Obrigada Maria.
P´ra ti também.
kandandu

Maria Clara disse...

Beijos, muitos. Todos, David.:)

nuno medon disse...

Gostei do texto. É bom ter liberdade e sentirmo-nos livres. beijos e um abraço