sábado, 11 de dezembro de 2010

libertando-me

É num sábado como o de hoje que vou a caminho de casa. Percorrer estas ruas, respirar deste ar, ouvir o sotaque. Andar no nevoeiro. Receber o afago do sol. Sentir o cheiro do mar. Olhar o brilho da lua. Banhar-me nas águas da praia. Perfumar-me do aroma das acácias. Colher os frutos da terra. Calar-me no crepúsculo dos dias. Enfeitiçar-me de contos e estórias. Escrever momentos felizes. Gargalhar do exagero. Sorrir prosas da terra. Chorar na emoção. Abraçar amigos e sonhos.
Tudo tão simples! Como o é, a vida.
É num sábado de natal, que parto.
Hoje, olho o ontem que vivi nesta terra que chamo minha e ainda trago na memória o amor que eu lhe sinto. E armanezo a cada regresso.
Olho-a e penso que tanta coisa mudou...desde então.
Ou talvez não.
Passou um ano.
Chegaram pessoas. Partiram outras. Ficaram algumas.
Eu estou sempre no mesmo lugar. O de tentar ser feliz.
Como ontem, hoje espero amanhãs. Aqui neste lugar de paz interior e felicidade adiada a cada vez que parto.
Como o ano que passou já me estou a libertar do que me prende aqui.
Quero-me inteira. Quero-me livre.
Luanda me aguarda. Simples, bonita. Provocante e garrida. Hospedeira e cativante. Nervosa e trabalhadeira.
Mulher. Amiga.
Eternamente Mãe...

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