segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

a minha gatinha

À Pitanga só lhe falta falar.
Jesus maria! Paga-se muito pela língua, isso já eu aprendi. Há bués. Quando comecei a pagar sem poder dar o troco. Por falta de razão.
Mas juro, nunca pensei dizer que a D. Pitanga qualquer dia me brinda com um - como é minha? ou - adeus ó vai-te embora.
É que a bichinha é tão esperta e sensível que com muita aprendizagem, se calhar chegava a vias de facto no bê a bá.
Desconfio que ela pressente que me vou embora e que ela fica. Não ao deus dará porque vai ficar muito bem entregue, mas não é a mesma coisa. O meu colinho quando estou no computador. As minhas festinhas quando olha para mim com o olhão azul celeste, lindo de morrer. O meu ralhete se me atropela ou faz maldades e a minha companhia, porque caseira como sou durante a semana ela tem companhia garantida. Já para a semana, não sei não.
Ela anda tão melada, mas tão melada que só pode andar desconfiada.
Porque esta gata é rebelde, mal comportada como uma criança birrenta, teimosa, arisca e voluntariosa. Tudo pormenores de personalidade que conheço bem. Aonde é que ela terá ido buscar isto? Puxou a quem?
Não sei. Só sei que cada vez tenho mais pena de a deixar ao fim de semana. Como é que vou passar sem ela, duas semanas?
Vou, claro. Mas ela fica-me atravessada.
A D. Pitanga caçou-me bem caçada, de mansinho sem quase eu dar por nada.
E agora como é que fica? Canário!

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