quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

de mim para mim

Sentar-me. A meditar.
Ver chegar o Inverno. Num frio de rachar e numa chuva de ensopar os ossos.
A alma, essa está exaltante e não há Outono deprimente dizendo adeus, ou chuva e frio que me mudem a alma. Até porque no Inverno já eu vejo uma luz nos caminhos apertados e escuros e guio-me por ela até Março primaveril. Tudo uma questão de tempo...
E de segundo em segundo, o dia mais pequeno do ano já lá vai. Agora é só a crescer. Brevemente se fará noite mais tarde e veremos as flores do campo, florirem.
Sentada, me inquieto. Como se tivesse bichos carpinteiros. Estou eu para aqui a falar duma primavera que há-de florir, quando as mangueiras estão carregadinhos de mangas doces e maduras. Prontas.
As férias judiciais chegaram. Ficará tudo a meio gaz. O almoço de Natal já se fez e foi agradável. É sempre, se depender das pessoas que ficam ao nosso lado. Deu direito a presente e tudo. Já me despedi de algumas colegas até ao ano que vem.
Faltam dois dias para a véspera de Natal e da reunião familiar. E três para viajar.
Sentada, procuro fechar os olhos e percorrer aos apalpões, os caminhos que me levarão para casa. Desconsigo. Como se, se negassem a fechar. É o sonho a negar-se a esforços desnecessários.
Luanda está já ali. Ao dobrar a esquina do mapa. A 7,45 horas.
Mas uma coisa é desconseguir sonhar na realidade próxima outra coisa é acalmar este coração que bate forte e parece uma panela de pressão cheia de vapor de água, pronta para rebentar, de ansiedade.
Por aqui vou descansando neste bonito banco de inverno onde já avisto a luz do verão no fundo dos dias que hão-de chegar.

1 comentário:

maria disse...

Como tu estás Clarinha!
Acalma-te porque falta pouco.
Bjs.