terça-feira, 14 de dezembro de 2010

não me escangalhei

Chama-se escangalhada. Ao bolo-rei das Beiras.
Hoje passou pelo meu nariz apurado, o cheiro de duas escangalhadas, quentinhas e todinhas polvilhadas de açúcar em pó ( este ainda não esgotou, pelos vistos ).
Alguém as comprou e trouxe-as para todos as comermos, emolido do espírito natalício.
Todos, menos eu, claro. Antes quebrar que torcer.
Para me testarem ( ? ) trouxeram-me uma fatiazinha, perfumada, cheirando a gila, nozes e outros, mas a tentação do pecado não é mais forte que eu. Gula que é gula não se tenta com uma insignificante fatia de bolo, ainda por cima escangalhada. Aguarda por outros pitéus.
Eu sou lá mulher de me escangalhar por tão pouco?
Sou uma pessoa ou uma lesma? Então e o meu querido espelho? Que tem conversado comigo tão paciente e amiguinho? Que me fala ao ouvido segredos que já estou a gostar de ouvir?
Não respondam por favor ( ? ) porque posso não gostar da resposta e perco o pio. É que sempre que me chega a pimenta ao nariz fico sem graves.
E esganiçada lamento, mas não fico no meu melhor. E uma mulher tem de estar sempre como Deus quer. Perfeita.
Porém, digo-vos muito séria e humildemente, antes esganiçada do que escangalhada. Ou invertebrada...

2 comentários:

david disse...

há destes bolos em itália. VAMOS?

Maria Clara disse...

Bora lá.