sábado, 14 de maio de 2011

quel chaleur



Está muito calor, não vos parece? A capital está trés chaud. De estalo, de truz e por aí adiante. Eu estou toda espapassada. Começou o meu degredo. Sou um contra-senso. Por um lado quero muito sol e calor, por outro, sofro horrores neste tempo porque simplesmente abafo. Aqui, claro. Porque na minha terra...aiuê! Quem ma dera! Amanhã a ver se vou pôr as vergonhas ao sol e mergulhar nas areias da praia, lá para os lados das tias de Cascais. Pode ser que veja um determinado barco passando por mim e possa dizer adeus de lenço branco...pois é. Uns indo para a praia de comboio, se quiser conformar-me sei bem como fazê-lo, é só pensar que é tão romântico andar de comboio, pouca-terra, pouca-terra, curicuteleeeeeê...apita o comboio lá para a linha de Cascais, já outros, mar dentro, águas profundas, piscinas, jacuzzis, e eu sei lá que mais. Pareço ressabiada mas não. Nem vos passe isso pela ideia. Mas quem me dera estar de companhia da criatura que irá de férias pelo mar fora. Não no lugar dela, porque acho que não devemos nunca querer ser os outros, mesmo se esses outros nos são chegados, chegadinhos. Mas ao lado dela, usufruindo do mesmo e tal, e ai que estou tão cansada desta vida de fare niente... Mas no final das contas, o que eu queria dizer mesmo é que está um calor do caraças, e a esta hora, só debaixo do chuveiro e pus-me para aqui a divagar sobre vidas boas, dos outros, que por acaso me faz feliz saber que as têm, juro, verdade verdadeira, tão verdade como estar aqui a escrever ...

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