terça-feira, 17 de maio de 2011

enganando o tempo


De hoje a um mês faço anos. Gosto de fazer aniversário. E de festejar. Gosto de soprar velas. E gosto de receber prendas. Adoro receber prendas. Embrulhos bonitos. Desfazer o laço. Advinhar o que está dentro. Lembrei-me que não tenho este livro, o último livro de crónicas de António Lobo Antunes. E não sei, quer dizer...sei lá, caso alguém me queira dar um presente e não saiba o quê, pois pode sempre dar-me a lua, o sol, o mar, jesus maria, o mar é que era, ou então um bilhete para viajar para Luanda, que eu aceito, já tive duas criaturas queridas, queridas, que fizeram isso, bem sei que a história não acontece duas vezes, mas, não vá o diabo tecê-las...bem, não se assustem, não me estou a pôr a jeito de bilhete algum, pois sei que a vida custa a todos e eu não encabeço a lista de ofertas de ninguém, mas indo ao que interessa, repito, se alguém quiser ser generoso e num rasgo surpreendente de simpatia e amizade enfrentar um escaparate de uma qualquer livraria, não recuse o piscar de olhos deste livrinho de um dos meus escritores preferidos. Lembre-se, a clara, a maria clara, a maria das dores, a das dores, a maria, a clarinha, a clarita, a maria clara das dores, enfim, como quiserem chamar-me, pois que sou isto tudo, para várias pessoas, pois então, lembre-se que eu estou peladinha para ter este livro na minha posse e caso não me seja oferecido, passarei fome, mas comprá-lo-ei. Pronto, já pedinchei. Não é por nada, mas o ano passado houve alguém que me ofereceu um livro de Mia Couto, o outro dos preferidos, porque leu aqui uma coisa deste tipo. Este ano, não quero que faça o mesmo ok? No fundo, no fundo, estou a "reinar", porque sei que os livros estão caros. E ainda aqui ando a escrevinhar, porque não consigo dormir. Passei o dia numa esquizofrenia louca, tentando não pensar, fotografando, andando no meio dos anónimos desta Lisboa gostosa e em festa. Saí de casa preparada para ir para a praia e acabei andando a pé pela baixa da cidade, pois não tive paciência para ir de Lisboa para o Estoril estorricar-me ao sol. Passei a noite a escrever, publicar fotografias, comentar no facebook, deixar mensagens no mural de algumas pessoas, bisbilhotar blogs que gosto, comentar, e o sono não vem. Há uma mãe que não me sai do pensamento...

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