domingo, 22 de maio de 2011

jardinzando por lisboa








Jardim da Estrela em tarde de sábado.

Devem achar que eu estou a ir para velha e por isso já só me vejo sentada nos bancos de parques e jardins, contemplando os patinhos do lago e dando-lhes pedaços de pão, de quando em quando, antecipando os crepúsculos da vida, nas tardes do calendário. Ou dando milho aos pombos, como na imagem do livro do passado, da saudosa segunda classe, do colégio...é mais isso, sim. Manter a vivacidade de ontem na lucidez de hoje, para uma tranquidade e sabedoria maiores, amanhã. Não conhecia este jardim por dentro e fazia mal. É perfeito para uma tarde quente de sábado. E depois de uma sushizada. Fica em caminho, a bem dizer, entre o sushi e a sobremesa, ali mais para o Chiado, para o Santini, passando pela avenida, pela esplanada nova, ( uma das ), para uma água das pedras. Um conselho para as senhoras que façam este percurso, não o façam de saltos, pois que malham e vão acabar estateladas na calçada velha, polida e íngreme dos caminhos apertados em que se vão meter, se fizerem o percurso do alto das " andas " em que por vezes andam, e eu também. É um conselhozinho que dou e não levo nada por isso. A mim o que me valeu desta vez, foi a ajuda sempre pronta da caçula e da cria, mas que parecia uma tantan, lá isso parecia, pelas ruas, becos e esquinas desta Lisboa em dia de calor, sol e prazer. Como diz uma amiga minha, ovelhas não são para mato. Mas com uns ténis, sabrinas ou umas sandalitas rasteiras, podem percorrer estes caminhos de portugal que os turistas fazem cantando e rindo, alegremente, tal qual eles. O que é preciso é cair no espírito da coisa. Até porque têm esplanadas dentro da jardim, bancos, relva, e uma feira de antiguidades, para o que der e vier. E têm bem de frente, a Basílica da Estrela para conhecerem, os velhos eléctricos e autocarros para se deslocarem e as ruas da calçada para o passeio pedestre, podendo apreciar e fotografar os jacarandás lindíssimos que existem nos caminhos, até à avenida da Liberdade, ali mais para o lado do Rato. Esta foi a minha praia, ontem, e não me fez falta mais nenhuma. Lisboa, caçula e cria, é como estar com Deus, e quando estou com deus não tenho carências.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bela praia!
A.L.