terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

mais um dia entediante

Ia eu no monólogo aborrecido e costumeiro, na indecisão de apanhar TUT, aquela coisa nim que me agonia mas que tenho de vez em quando, mais do que era suposto para não me atrofiar, não vou, vou, é melhor não, ah porque está a chover, e depois? medo da chuva, desde quando? e não tens chapéu? E botas que não humedeçam os pés?...
Não, não tenho. Pelo menos hoje. É que eu nego-me a dar 1oo ou mais, euros por um par de sapatos, botas ou outros. Não dou. Mais depressa os gasto num jantar, numa ida à praia com direito a almoço, numa viagem, mas nuns sapatos, não. E faço mal, porque os sapatos ficam ( que cínica que me estou a parecer, e também não gosto disto ) e as praias, os jantares e almoços, vão-se embora que é uma pressa.
Na verdade, os saldos resolvem e os vendedores ambulantes, ah não, se não resolvem, quando uma colega me chega esticando a perninha de bota nova e eu pergunto pelo preço e em seguida encomendo aos dois pares e ao gosto dela que em matéria de vaidade bate-me aos pontos por isso estou garantida e não me vai deixar mal. E ela não se importa de lá voltar e comprar-mos. Só que o que é barato sai caro. Neste caso pode atirar comigo para uma farmácia ou para uma sapataria para comprar daquelas botas que tenho lá por casa que até irritam de tão boas que são que nunca mais as gasto e já nem posso olhar para elas.
O que não tem remédio remediado está e o TUT a passar fez-me parar. A chuva intensificou-se nos pingos engrossando tanto que já não deu para fugir por entre eles escapando da antipatia pelo " piqueno " autocarro, das inconveniências das miúdas que o frequentam nem dos " bafos " que ficam aos saltinhos na ponta da minha língua e que me estragam a beleza que se quer para o dia inteiro.
E deixei de resistir que dia não são dias. Já estava na paragem a menina de sempre, quando passo ou páro. Fechei o chapéu e ela disse-me: Olhe que está a molhar-se toda com o chapéu.
Olhei por mim abaixo. Há dias que não se pode sair de casa e hoje é dia.
Chove que Deus a dá.
Estou farta de chuva. Estou farta de ser pobre.
Mas só que deixasse de chover...

1 comentário:

nuno medon disse...

olá! Aqui também chove muito. É como a minha Mãe. A minha Mãe também não é nada de dar 100 euros ou mais por sapatos ou botas, mas sei que na minha família, há uma pessoa ou outra que dê isso, pelo calçado. A minha Mãe opta sempre por gastar dinheiro na casa, a comprar coisas para a casa do que a gastar esse dinheiro em calçado. Como jovem sou diferente. Em sapatos, só uso de vela e não gasto mais de 35 euros neles. Só servem p os usar no verão. Quanto a botas, preferi dar mais de 150 euros por umas ( compradas há 5 anos, da panama jack ) porque assim duram-me anos. Elas têm mais de 4 anos e ainda não entra água. Mas acho que faz bem em gastar 100 euros, no que mais gosta do que em calçado muito caro. beijos e continuação de uma boa terça feira