quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fragilidade

Sinto o cheiro da terra molhada de um cacimbo mais que chuva, mais que frio e desconforto.
Palmilho as ruas do meu desencanto diário, a caminho das horas monótonas que cinzentam a minha rotina.
Todos os dias espero um gesto, um rosto, uma palavra, uma notícia que desmanche a contracção facial que não pede autorização para se instalar e ganha lugar permanente.
O sol...talvez o sol fizesse o milagre. O seu afago, o beijo ou o seu sussurro, libertando os meus músculos faciais...
Eu espero...neste feio, basso e cinzento tempo, eu espero...
Não esperar é pior do que chegar ao fim do dia, estéril.
Quem sabe, acontece...

2 comentários:

maria disse...

e...aconteceu? há-de acontecer. Continua a esperar e a acreditar. acho que não conheço ninguém que acredite tanto como tu, é isso que transmites. andas mais inspirada, já é um começo.bjos

Maria Clara disse...

acontece...e há-de acontecer...
beijos, maria