A cidade perde o brilho, perde a graça.
Chove lá fora. E o sol, esse, nem pela peneira consegue espreitar. Para me animar.
Escapar por entre os pingos desta chuva não é escapar, é antes iludir. Adiar...
Queria passear-me pelos dias bonitos, pelos perfumes das rosas que hão-de abrir, pelas tardes que hão-de crescer, pelo calor que há-de chegar.
Queria passear-me pela ideia de ti, para me imaginar feliz.
Sonhos são ilusões que criamos. Só para não chover dentro de nós. E escaparmos.
Chove lá fora. E dentro de mim. Castigando os dias bonitos da minha capacidade de me reinventar, sorrisos e fé. Boa-vontade e perdão.
De que se faz este cansaço que me faz parar, fechar os olhos e não sonhar?
A cidade perde o brilho, perde a graça.
Enquanto deambulo ao acaso entre beirais e chapéus de chuva.
À procura de respostas. Para as minhas dúvidas. E tolerância, para as avaliações.
À procura do sol...
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