As despedidas deviam ser banidas...
Num mundo perfeito, cada pessoa estaria no lugar certo e não precisaria partir para outras paragens, à procura do seu pão, do seu ninho, do seu chão.
As ausências não seriam dolorosas nem se chamariam despedidas.
A saudade não teria tempo de crescer e deixar o coração a sofrer.
Vivo num mundo imperfeito. E não sei ainda qual o meu lugar.
Estou bem onde não estou. E se não estou bem é porque, não só, estou no lugar errado como as pessoas certas estão no lugar certo para mim, ausentando-se do lugar errado, onde me encontro.
Não gosto de ausências. Nem de saudades.
Não gosto de ficar só. Nem falar sozinha.
Tão pouco calar a voz que fala sem medo, segredo e escolha da palavra.
Não gosto de resguardar a minha alma e de todos a proteger.
Não gosto de dizer adeus, até breve, até depois.
Ñão gosto de partidas. Não gosto de despedidas.
Mais uma vez e mais uma despedida.
Desta feita, muito dorida.
Se um amigo, pode ser um irmão?
Pode. É um irmão do coração...
É um amigo, dois, que partem e levam um pouco de mim. E deixam o espaço vazio. E calam a voz que me acalma. E transportam gargalhadas com que me provocaram sorrisos.
BOA VIAGEM MEUS KAMBAS.
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