segunda-feira, 9 de abril de 2012

de novo...

Não há nada como ir de férias. Fechar a porta, agarrar nos sacos, descer escadas e partir.
O mais mau é voltar. Já não basta ter de regressar à origem...do problema. E que problemas! Viver isolada incomoda. A Pitanga é uma boa companhia mas nem sempre suficiente. A televisão também, mas há dias que aborrece. Os livros nem sempre me acenam. E o telefone fixo há quase um mês que morreu num silêncio que me convenci que se finara de vez. Não participei logo a avaria porque pensei que o problema não estava na linha uma vez que continuei com internet. Mudarem o aparelho requer uma visita da PT cá a casa. Requer faltar no trabalho para esperar pacientemente que o técnico se disponha a visitar-me. Irrita-me a impotência por depender de outros para uma solução a meu favor. Raramente o tempo desses outros é igual ao meu. Sempre mais longo e descontraído. Indiferente e desvalorizado. Por isso esta casa se encontra sem comunicação para o exterior há mais de três semanas. 
Recebi algumas reclamações. Mas não mandas arranjar o telefone porquê? Como podes estar sem telefone? Deus que me livre e guarde. Quero falar contigo e não posso, por telemóvel fica caro...enfim! Não há pachorra, mas...
Não tanto por mim mas pelos outros já devia estar comunicável. Convêm. Deixa-me menos só. Lá está a solidão às voltas comigo. 
Mas ainda assim, sobra um companheirão. A minha melhor descoberta desde que estou só. O computador. O meu rico e esperto computador. A minha rica internet. Que descoberta de truz, esta!
Eu que fazia vista grossa às tecnologias avançadas demais para a minha rica cabecinha... 
E claro, as férias são o melhor que um trabalhador pode ter. O regresso, o pior. No intervalo, a gente compensa-se. Lá está a internet a piscar os olhinhos e a gente vai. E a gente fica danada quando percebe que não tem o brinquedo preferido em mãos, em horas, à vontadinha.

Pois é. Apanharam-me de costas e à má fila deixaram-me assim, no mato sem cachorro. E estamos nessa. 

O senhor do 16200, mais uns asteriscos e uns algarismos, que a gravação ordena, ufa o que me irrita isso, cheio de mesuras faz perguntas que parece que sou estrangeira, pois questões sobre o router, e outras são
 chinês p'ra mim. Conforme chega, do mesmo jeito termina, como todos os outros, dizendo que há uma avaria no exterior que esperam se resolva em menos de 36 horas. E lá fico eu com cara de couve, desanimada e danada porque pago como se tivesse o serviço e não posso usufruir dele. E não adianta dizerem-me que estive nove dias fora e não usufruía. Mas estava cá o serviço e estava muito bem que é para isso que eu pago.Na verdade o que eu queria era não me desgastar com estas questões. Que paciência de jó é preciso ter para aturar isto...vamos a ver se amanhã não me vou chatear. Afinal, não sou eu que estou sempre a dizer que se quiser até nem me ralo?

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