segunda-feira, 23 de abril de 2012

ao domingo

foto tukayana.blogspot


Lisboa sempre magestosa. Primavera cinzenta e chuvosa. E eu a caminho do fim de semana para mais dois dias diferentes. Se o consegui? Acho que sim. Cumpri a função. Satisfeita? Também. Pelo meio muito trabalho e algum lazer.
Há muito tempo não ia Colombar naquele espaço que eu e uma amiga chegámos a dizer que era a nossa segunda casa tantas eram as vezes que lá íamos assinar o livro de ponto. Sei que não é chique dizer que gosto de centros comerciais, nomeadamente, principalmente, do Colombo, que é mesmo uma grandessíssima piroseira, coisa de pobre, etc e tal, eu sou isso mesmo, que mais faz?  
Para azar meu perdi imenso tempo para perceber que não tinha perdido o cartão de crédito e o que ali me fizera ir, acabou prejudicado. Vi-me com tempo apenas para jantar em dois minutos, um daqueles gelados de iogurte a que acrescentam a fruta que queremos e molhos e chocolate e tudo e tudo. Confesso uma coisita. O tempo ficou tão limitado que terminei o meu jantarito, nem acredito que vou dizer isto, mas vou. Terminei o meu jantarito na casa de banho do espaço do cinema do Colombo e depois foi correr até à sala 3, fila O nº 10 para ver Assim Assim, isto tudo depois de ter respirado aliviada porque afinal não tinha ficado sem o meu cartão de crédito e na insegurança de ter apenas 10 euros na carteira. Antes dei uma vista d'olhos pelas lojas que me interessaram a ver se encontrava uma prenda de aniversário, tendo percebido que teria de voltar na manhã de hoje, domingo. E como o que tem de ser tem muita força, hoje logo pela manhã lá estava.
Tendo que ir à fnac comprar bilhetes para o Rock in Rio, último dia, um p'ra mim e outro para quem o apanhar, mentira, o outro é para alguém que faz aninhos amanhã, dirigi-me à bilheteira. A primeira pergunta que a funcionária me fez foi se tinha cartão fnac e tenho mas em casa. Esta mania de andar em Lisboa com carteiras de traçar, pequeninas, para não correr o risco de ser roubada, dá nisto. Não transporto a maior parte da tralha do costume e não transporto também a tralha que não é tralha e nem cartão fnac nem cartão de contribuinte para localizar o meu número de cartão para assim usufruir de um desconto. A menina de nome Sandra foi tão simpática comigo que de tudo fez para que tivesse o desconto. Quando falava ao telefone com uma colega dando-lhe os meus dados e segurando no meu BI, olhou-me apontando  com o dedo a minha naturalidade  num sorriso de orelha a orelha que me fez perguntar se era também de Angola.
Claro que foi bonito de ver. A Sandra fez aquilo que eu já fiz imensas vezes.Surgiram depois as perguntas, tipo, tem lá ido? Ou,  tem saudades? Ou ainda, não volta p'ra lá?
Em qualquer lado encontramos gente nossa que nos ajuda e nos dá a alegria de nos sentirmos a pisar o nosso chão. Como diz uma amiga minha, sorrindo porque estamos em casa. 

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