foto tukayana.blogspot
Na verdade, quando se está de férias a hora a que a gente se levanta pode ser qualquer uma. Mas, parece que algo dentro de nós, nos diz que está na hora de levantar, falando-nos ao ouvido num sussurro de hábito, exigência antiga, sendo ajudada por uma gata sempre de férias num vício de dormir de noite e de dia e que nos faz acordar, dar voltas e mais voltas, espumar de raiva porque esta é que é a hora de aproveitar este bem de Deus e do nosso patrão, ministério. E não aproveitamos porquê? Se calhar porque dormir não é interessante. É que nem tudo o que é imprescindível a gente gosta.
Às vezes viver é de uma complexidade que vale mais atirar as questões para trás das costas, erguê-las, às costas, e fazermo-nos à vidinha de olhos bem abertos mas numa preguiça danada de boa, num encolher de ombros que tanto faz que corra para a frente como para trás, para a direita ou para a esquerda, para norte ou para sul. Em suma, num sonambulismo que é urgente sentir antes que se acabe tudo e voltemos à rotina do despertador e tudo o que isso traz.
De novo me vesti de acordo com o programa para o dia. Calças de ganga, t-shirt e casaco, porque o tempo está inseguro, como o país, sabrinas e mala traçada pois que há por aí muitos malandrecos danados para a brincadeira e eu estou farta de ser roubada por chicos espertos, com ar de grandes e honestos senhores.
De novo me vesti de acordo com o programa para o dia. Calças de ganga, t-shirt e casaco, porque o tempo está inseguro, como o país, sabrinas e mala traçada pois que há por aí muitos malandrecos danados para a brincadeira e eu estou farta de ser roubada por chicos espertos, com ar de grandes e honestos senhores.
Plano para o dia - Visita a Alfama. A pessoa vai a Alfama de noite. E acha aquilo giríssimo. Típico. Até se entusiasma e lhe parece divertido, não só divertir-se na noite mas ter ali uma casita e beneficiar da convivência de bairro. Tudo muito à vontadinha, muito faduxo, gente simples, gente nova, muita língua italiana, espanhola, francesa. Muita esplanada repleta. Muita ginjinha e cerveja. Pertinho de tudo. Da Sé. Da Baixa. Da Graça. Do Castelo. E até do rio e de Santa Apolónia que os mais velhos põem na lista das prioridades como principal porque transporte é algo fundamental.
A pessoa vai a Alfama de noite e quer voltar. E mais. Quer voltar de dia para fazer o reconhecimento. E volta. A cada rua, viela e beco. Escadinhas, pátios e largos. Igrejas, casas, janelas e varandas. Mercearias de bairro, casas de fado, bares, lojas de indianos, chineses, tascas e associações. Esplanadas, restaurantes típicos. Flores, árvores, vasos. Miradouros com vista para o Tejo. Brincadeiras de crianças. Silêncios nas esquinas. Tempo que parece parou por entre as encruzilhadas deste bairro antigo que nos acena e seduz numa conquista mútua e interesseira mas consentida.
Perigoso? Não me pareceu. Andei por entre todo o bairro com a máquina fotográfica nas mãos. E tudo correu com a normalidade a que já estou habituada nos locais pacíficos de Lisboa.
Caro? Também não. Tirando aquele pormenor de quererem que pagasse azeitonas sem lhe ter visto a cor, tudo normal. Não fôssemos conferir a conta e já estávamos a ser roubadas como o são os turistas estrangeiros, mas a gente anda cá para ter os olhinhos bem abertos. Um café, 1 euro, mas vamos fazer o quê, mesmo? pagar e não bufar, pois então.
Entradas: manteiga, patés e pão. Peixe grelhado, salada, batata cozida. Água e cola. Café. Total, 21,30 euros. Não me parece mal. Pratos de 6,50 cada. E como o pai dum amigo da cria diz, dobra-se o preço do prato e dá 13 euros a cada um. Como não houve sobremesa, porque essa foi saboreada, comodamente sentadas no Santini do Chiado, a conta não correspondeu à estatística do tal pai do tal amigo mas andou ali rés-vés Campo d'Ourique, quer dizer, Alfama, Tejo.
Resumindo e concluindo, Alfama faz, como se diz em Angola. E aconselho vivamente uma visitinha a esse bairro pitoresco e sedutor que Lisboa tem nos postais e nos roteiros turísticos.
Eu fui e adorei. É claro que não vou mudar-me de armas e bagagens para lá, até porque os acessos são difíceis, os bombeiros, ambulâncias, táxis, autocarros não se movimentam com muita normalidade e há outro pormenorzito de alguma importância. Senhoras, saltos altos naquele bairro, esqueçam. Ténis e sapatos rasos de preferência aderentes pois a calçada polida manda convosco para o chão. Uma perna partida na nossa idade, pode dar pano para mangas. Safei-me dessa porque óoooo, pensei nisso antes de sair de casa.
Por isso, Alfama-te sempre que possível. Eu tenho-me Alfamado, quer de noite quer de dia e tenho gostado bastante. Qualquer coisita, perguntem, se eu souber, respondo. Tenho os meus contactos, yá?
A pessoa vai a Alfama de noite e quer voltar. E mais. Quer voltar de dia para fazer o reconhecimento. E volta. A cada rua, viela e beco. Escadinhas, pátios e largos. Igrejas, casas, janelas e varandas. Mercearias de bairro, casas de fado, bares, lojas de indianos, chineses, tascas e associações. Esplanadas, restaurantes típicos. Flores, árvores, vasos. Miradouros com vista para o Tejo. Brincadeiras de crianças. Silêncios nas esquinas. Tempo que parece parou por entre as encruzilhadas deste bairro antigo que nos acena e seduz numa conquista mútua e interesseira mas consentida.
Perigoso? Não me pareceu. Andei por entre todo o bairro com a máquina fotográfica nas mãos. E tudo correu com a normalidade a que já estou habituada nos locais pacíficos de Lisboa.
Caro? Também não. Tirando aquele pormenor de quererem que pagasse azeitonas sem lhe ter visto a cor, tudo normal. Não fôssemos conferir a conta e já estávamos a ser roubadas como o são os turistas estrangeiros, mas a gente anda cá para ter os olhinhos bem abertos. Um café, 1 euro, mas vamos fazer o quê, mesmo? pagar e não bufar, pois então.
Entradas: manteiga, patés e pão. Peixe grelhado, salada, batata cozida. Água e cola. Café. Total, 21,30 euros. Não me parece mal. Pratos de 6,50 cada. E como o pai dum amigo da cria diz, dobra-se o preço do prato e dá 13 euros a cada um. Como não houve sobremesa, porque essa foi saboreada, comodamente sentadas no Santini do Chiado, a conta não correspondeu à estatística do tal pai do tal amigo mas andou ali rés-vés Campo d'Ourique, quer dizer, Alfama, Tejo.
Resumindo e concluindo, Alfama faz, como se diz em Angola. E aconselho vivamente uma visitinha a esse bairro pitoresco e sedutor que Lisboa tem nos postais e nos roteiros turísticos.
Eu fui e adorei. É claro que não vou mudar-me de armas e bagagens para lá, até porque os acessos são difíceis, os bombeiros, ambulâncias, táxis, autocarros não se movimentam com muita normalidade e há outro pormenorzito de alguma importância. Senhoras, saltos altos naquele bairro, esqueçam. Ténis e sapatos rasos de preferência aderentes pois a calçada polida manda convosco para o chão. Uma perna partida na nossa idade, pode dar pano para mangas. Safei-me dessa porque óoooo, pensei nisso antes de sair de casa.
Por isso, Alfama-te sempre que possível. Eu tenho-me Alfamado, quer de noite quer de dia e tenho gostado bastante. Qualquer coisita, perguntem, se eu souber, respondo. Tenho os meus contactos, yá?
2 comentários:
olá. Estar de férias sabe bem. continuação de boas férias e uma boa Páscoa. Eu Lisboa centro não conheço praticamente nada e Alfama muito menos. beijos e continuação de uma boa quinta-feira. Um abraço
Temos de combinar isso. Levas-me a ver Alfama pelo teu olhar?
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