sexta-feira, 22 de abril de 2011

a saga continuando

Aqui está a Pitanga no seu trono preferido. Deste lugar vê a rua, as pessoas que passam e os automóveis. Vê o monte que nos separa do Lumiar, a Igreja, enfim o mundo lá fora, que ela gosta de espiar da janela, mas que não gosta de enfrentar. Aqui está a salvo até de humilhações de um qualquer (?) motorista de taxi que ao seu " miauuuuuuu " lhe respondeu: Maaaau?! Está mau não é? E não se pôe melhor. O taxista de que falo, conversou alegremente todo o percurso que fez comigo, desde Oriente até casa. Optou por portas e travessas, a fim de fugir ao trânsito e eu que confio desconfiando pensei para com os meus botões que já estava a ser enganada, sobretudo quando me disse: Vamos ali ver à 2ª circular se o trânsito está parado; se estiver, meto pela avenida Brasil. E se o disse, melhor o fez. Meteu pelos Olivais, e foi explicando que era assim que habitualmente fugia do maldito trânsito de Lisboa. Conheço bem a zona e percebi que era um bom profissional quando, para além de se desembaraçar de caminhos apertados, mudou o tarifário apenas quando a tableta de Olival Basto apareceu e não antes como todos fazem; antes que a calçada de carriche acabe e muito antes das bombas de gasolina. Quando lhe disse isso mesmo, reconheci o homem. Já por duas vezes seguidas e há algum tempo, me trouxe a casa a partir do Oriente. O discurso foi igual. A senhora não aceite. Estão a roubá-la. Negue-se a pagar e exiga ir à esquadra se eles não aceitarem. O limite de Lisboa está bem assinalado - Está bem está!!! digo eu. Eles é que vão a conduzir, fazem o que querem - Não, não. Nunca pague a mais. Eles não podem fazer isso. Ali estava o senhor que em dois dias seguidos me trouxera ao Olival, creio que na semana do Natal. Eu tive essa desconfiança assim que entrei no carro, mas não atentei bem no caso. Ora, ainda bem que foi ele. Fiquei bem contente porque paguei metade do que já paguei vindo pelo túnel do Grilo num dia não de um senhor taxista que até o transporte da Pitanga me cobrou. Afinal, Lisboa é uma ervilha e a toda a hora me deparo com situações que me confirmam isso mesmo. Não há duas sem três, diz o ditado. E quando a situação me é favorável então eu desejo que venham mais cinco...

1 comentário:

maria disse...

A Pitaga está tão elegante!!!!